sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Viver no meio da Radiação - a realidade das nossas casas

A falta de informação e interesse relativamente aos riscos provocados pelo exposição à radiação electromagnética, levam-nos a viver num ambiente poluído por este tipo de radiação que encaramos como normal na medida em que tudo está disponível para ser usado e ninguém nos diz para o não fazermos.

Vejamo o caso da família “Pereira” que mora num apartamento e tem 2 filhos. O pai tem o seu telemóvel (fonte de radiação) que transporta todo o dia consigo, a mãe tem o telemóvel do trabalho (fonte de radiação) e tem o seu telemóvel pessoal (fonte de radiação) que traz sempre consigo. A filha mais velha tem 8 anos e já tem um telemóvel (fonte de radiação) para poder efectuar chamadas e enviar sms aos seus amigos.

Recentemente a família Pereira instalou um serviço fibra que inclui TV, Internet e telefone.  Na sala passaram a ter um router wireless (fonte de radiação) que disponibiliza a internet para toda a casa, o telefone apesar de ser da rede fixa também é wireless para que possa fazer chamadas por toda a casa (fonte de radiação).
Como a mãe traz constantemente trabalho para casa, usa o acesso  wi-fi do portátil (fonte de radiação) para se interligar ao Router e aceder à Internet. O pai também tem o seu portátil mas como por vezes tem problemas a aceder ao router da sala via wireless, usa o seu acesso de Internet Móvel (fonte de radiação).
A filha de  8 anos tem o Magalhães e usa o acesso Wi-Fi (fonte de radiação) para se ligar ao Router da sala para ter acesso à Internet.

O pai não resistiu ao lançamento do novo Ipad da Apple e passou a usá-lo pela casa para aceder à Internet através do acesso Wi-Fi (fonte de radiação) incorporado neste equipamento.
Uma vez que a família Pereira tem muitas fotos e videos para ver, decidiu comprar um sistema NAS com acesso Wireless (fonte de radiação) para que todos tenham acesso ao disco e respectivo conteúdo sem a necessidade de cabos de comunicação.

Para ver filmes DVD optaram por comprar igualmente um leitor Blue-Ray com a opção de Wi-Fi (fonte de radiação)  para ligação à Internet para fazer upgrades de Firmware e aceder directamente a alguns sites como o Youtube, Picassa, entre outros.

A filha de 8 anos tem muitos videos no sistema de armazenamento NAS e usa um Media Player com acesso Wi-Fi (fonte de radiação) para aceder directamente ao NAS, ao router para acesso à Internet ou ao disco de outro portátil.


O Pai gosta muito de ouvir música e decidiu comprar um amplificador com umas colunas modernas 7.1, mas como ter cabos a passar na sala é complicado, decidiu comprar umas colunas Wireless (fonte de radiação)  que apesar de necessitarem de cabos de alimentação para as colunas, evitam os cabos de ligação ao amplificador.

Ao serão e aos fins de semana a família Pereira usa uma consola de jogos Wii (fonte de radiação) que comunica por wireless com os respectivos 3 comandos (fonte de radiação). Como a filha já tinha uma Playstation 3 aderiram também ao novo lançamento da PS3 Move, que inclui comandos Wireless (fonte de radiação) que permitem jogar com comandos sem a necessidade de fios.

A filha mais nova do casal “Joana” tem apenas 1 ano mas a mãe sempre com a preocupação do bem estar da filha colocou uma câmara de video junto ao berço para enviar via wireless (fonte de radiação) o sinal de video para a televisão da sala.

Um belo dia a família Pereira reparou que no prédio em frente tinham instalado duas antenas de Telemóvel (fonte de radiação), mas nem se preocuparam porque não tapavam a vista.

Esta Joaninha é o caso típico de muitas famílias que não consideram as tecnologias de acessos sem fios um risco para a saúde. O grande problema é que nós estamos expostos de forma periódica e contínua a diferentes fontes de emissão de radiação electromagnética e cada vez mais expostos a partir de idades muito precoces como esta Joaninha.

Este cenário parece-vos exagerado? Agora imaginem que todos os apartamentos do prédio da família Pereira têm os mesmo hábitos tecnológicos. Por acaso já repararam que quando vão pesquisar uma rede wireless em vossa casa, aparece a vossa e a dos vizinhos à volta?
A utlização da  tecnologia carece de educação e ninguém dá um passo para alertar as pessoas para o risco da exposição prolongada a este tipo de radiações que nos acompanham de casa para a escola ou para o trabalho.

Qual será o futuro desta Joaninha daqui a 20 ou 30 anos? Este país não quer saber.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Comprovado o impacto das radiações dos telemóveis em grávidas e adolescentes

Já aqui tinha sido abordado o desaconselhamento de grávidas e crianças usarem os telemóveis. Estudos ignorados por todos aqueles que defendem a proliferação desta poluição electromagnética, mostravam que crianças que usassem o telemóvel em idades precoces ou cujas mães o usassem durante a gravidez, estavam directamente relacionados com influências comportamentais nas crianças.

Foi recententemente publicado mais um estudo, desta vez o maior deste género em crianças e grávidas, tendo sido efectuado na Dinamarca.
O estudo baseou-se na amostra de nascimentos dinamarquesa, incluiu cerca de 100 mil mulheres grávidas entre 1996 e 2002 e cobriu mais de 28 mil crianças que atingiram a idade de 7 anos em Dezembro de 2008.

Os investigadores apontaram que as crianças expostas ao telemóvel antes e depois do nascimento tinham um risco de apresentarem problemas de comportamento 50 por cento superior aos das crianças não expostas.

Os investigadores alertam:
«Mesmo que seja prematuro interpretar estes resultados como tendo um laço de causalidade, receamos que a exposição precoce aos telemóveis possa comportar um risco que, se se comprovar, seria um problema de saúde pública, dada a utilização generalizada desta tecnologia», sintetizam os autores.



O cerco vai-se apertando e em Portugal continuamos a assistir às acções silenciosas da Direcção Geral de Saúde que tem medo de enfrentar o lobi das empresas de comunicações móveis em vez de ter a coragem para apostar na prevenção.
 Pelo contrário, as empresas de comunicações móveis continuam a apostar em tarifários cada vez mais agressivos de forma a que crianças e adultos possam falar mais tempo ao telemóvel e verdade seja dita, estas empresas têm feito um trabalho notável, Portugal é dos países na Europa onde as pessoas mais tempo falam ao telemóvel.

Tal como já referi, não temos leis que nos defendam e ninguém está interessado em proteger os cidadãos contra os possíveis efeitos nefastos desta tecnologia. Em vez de apelarem à prudência, preferem que se corra um risco desnecessário. Estou certo que daqui a uns anos este assunto será levado mais a sério,  mas até lá, e para mal de todos, teremos de esperar que os incompetentes sejam substituidos por pessoas de valor dispostas a lutar pelos direitos à vida que todos deveriamos ter.

sábado, 24 de julho de 2010

Portugal não tem coragem para enfrentar este problema!

O regresso após vários meses ausente do blog, não fui para fora, mas simplesmente procurei alguma paz de espírito longe deste “problema” enquanto fiquei a aguardar o desenrolar dos vários apelos efectuados a entidades que supostamente deveriam estar do lado dos cidadãos e não das empresas.

Os portugueses descendem de um povo corajoso e destemido que ousou partir para os descobrimentos desafiando o desconhecido. Este povo deixou a sua marca por vários cantos do mundo mostrando a sua bravura lutando contra tudo e contra todos em defesa da pátria e da liberdade.
Hoje em pleno século XXI interrogo-me sobre estes valores, o que aconteceu a este povo destemido?

A exposição aos campos electromagnéticos continuam a causar furor um pouco por todo o mundo, mas em Portugal é como se nada se passasse. Os portugueses continuam em suas casas, muitos ignorando por completo o problema, outros confiantes que a legislação em vigor os protege devidamente, outros ainda, desconfiados e com incertezas e por último os que vivem preocupados e se sentem afectados por eles. No entanto, excepto uma minúscula e desarticulada minoria, todos têm algo em comum, nada fazem para lutar pelos seus direitos e simplesmente consentem que “Alguém” os  obrigue a viver em condições que são classificadas de risco por outros organismos internacionais que não temem ao levantar uma voz de alerta.

Depois dos vários contactos efectuados com o Parlamente Europeu, que até parecia estar sensibilizado para o problema, simplesmente comunicaram que face à situação reportada, a mesma se encontra dentro dos valores recomendados pelo ICNIRP. Valores esses que o próprio Parlamento Europeu já fez saber que deveriam ser revistos e que na realidade não são seguidos por todos os países da Europa.

Depois de contactar a Direcção Geral de Saúde reportando um conjunto de sintomas que afectam adultos e crianças que moram perto destas antenas, eles solicitaram uma medição à ANACOM e limitaram-se a reportar que os valores medidos estão dentro da lei.

Noutros países esta lei é simplesmente contestada e são estipulados valores de segurança muito, mas muito, abaixo dos praticados em Portugal. Paralelamente às leis, são também tomadas medidas de prevenção para alertar e educar a população a reduzir a sua exposição aos campos electromagnéticos.

Neste país, simplesmente não há pessoas de coragem que façam frente às empresas de comunicações móveis que conseguiram impor o seu negócio ignorando o impacto que o mesmo possa ter na vida dos seus cidadãos. Tal já aconteceu com as tabaqueiras e de pouco ou nada serviu para valorizar a vida humana.

Para todos aqueles que se queixam das crianças apresentarem atrasos no desenvolvimento cognitivo, dificuldades de aprendizagem, falta de concentração, problemas de memória, para os que reportam que sofrem de insónias e dores de cabeça a resposta deste País é que é impossível que a causa seja da exposição aos campos electromagnéticos porque Portugal protege os seus cidadãos com leis que apesar de obsoletas e consideradas perigosas noutros países, são simplesmente seguidas e consideradas seguras por todos os organismos do Estado Português, sem que as mesmas sejam contestadas.

Sofrer de Hipersensibilidade Electromagnética neste país é simplesmente dizer que essa pessoa sofre de problemas que poderão ter uma origem psíquica, enquanto outros países tendem a reconhecer esta doença e as suas devidas causas.

Neste País, aconselhar crianças a não usarem um telemóvel é considerado um sinal de fraqueza na ideologia de que a tecnologia é segura.

O Estado Português deveria reunir esforços para que as empresas de comunicações móveis tornassem a tecnologia mais segura para a nossa saúde e não criar condições para que estas empresas cresçam desprezando e camuflando por completo os eventuais efeitos nocivos que possam advir da sua utilização.

Este País necessita de políticos, médicos, advogados, engenheiros e qualquer e todo o cidadão destemido que ponha a sua saúde e a dos outros acima de qualquer interesse económico.
Enquanto as leis não mudarem não haverá solução para este problema.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Investigação - Organização Mundial de Saúde, falsas pandemias e falta de transparência


A Organização Mundial de Saúde (OMS) é apontada como responsável por ter lançado o pânico de pandemia da gripe H1N1 por todos os países do mundo levando a que fossem gastos muitos e muitos milhões de euros numa corrida à obtenção de vacinas. Tudo isto contribuiu para que as farmacêuticas engordassem com os elevados lucros obtidos na venda de muitos milhões de vacinas.

Portugal acabou por investir 45 milhões de Euros por 6 milhões de doses de vacinas, das quais gastou 320 mil. Gastou outros 45 milhões com abertura de postos de atendimento à gripe nos centros de saúde, reforço do pessoal nos hospitais, no transporte de doentes e teste ao H1N1. Com o reforço das verbas de prevenção da gripe H1N1 nas escolas, compra de desinfectantes, entre outras medidas, gastou mais 2.5 milhões de euros.
(Fonte: Diário de Notícias de 26 Janeiro de 2010)

Portugal com o seu orçamento comedido tentou abranger 30% da população, tendo adquirido as 2 doses recomendadas para cada pessoa, que se revelaram desnecessárias na medida em que 1 única dose é suficiente. Ou seja, para 3 milhões de habitantes acabámos por comprar 6 milhões de doses.
No entanto, países com maior orçamento como a França, acabaram por comprar vacinas para 100% da população, com as 2 doses recomendadas por habitante, ou seja, acabaram por comprar 94 milhões de doses num total de 869 milhões de Euros !!!

A gripe H1N1 matou em todo o mundo 14 mil pessoas.
Em Portugal morreram até à data 97 pessoas devido à gripe H1N1.
Por ano, morrem em Portugal uma média de 2400 pessoas devido à gripe sazonal.

De salientar que anteriormente a Organização Mundial de Saúde, já havia declarado o risco de pandemia com a gripe das aves em 2007, o que levaram países como Portugal a gastar 22.5 milhões de Euros em doses de Tamiflu. No mundo, morreram entre 1997 e 2007 um total de 170 pessoas devido à gripe das aves.

Perante tais acusações contra a forma escandalosa como a Organização Mundial de Saúde poderá ter promovido uma falsa pandemia favorecendo o enriquecimento igualmente escandaloso das farmacêuticas, assisti a um comunicado de um representante da OMS, o qual afirmava que eles não tinham uma bola de cristal para adivinhar que afinal a gripe não teria a gravidade inicialmente esperada e justificaram as medidas no sentido em que procuraram garantir a protecção dos habitantes de todos os países.


Depois deste longo texto, que parece desenquadrado deste blog, apenas posso referir que inúmeras organizações, associações, cientistas,.. etc., durante vários anos têm apresentado estudos referentes ao risco que milhões de pessoas correm em todo o mundo devido à exposição a campos electromagnéticos que poderão estar milhares de vezes acima de valores considerados seguros para o ser humano. Mas perante este grito de alerta dirigido directamente à OMS, esta ignora por completo todos estes estudos e continua a recomendar valores de segurança que beneficiam empresas como as operadoras de serviços móveis.
A falta de sensibilidade da OMS para este problema, leva a que esta não reconheça os efeitos não térmicos associados a campos electromagnéticos com valores muito abaixo (milhares de vezes) dos níveis recomendados pela própria OMS.
Perante este cenário, por todo o mundo, as crianças são aliciadas à utilização de telemóvel, os jovens usam e abusam dos telemóveis, o telemóvel é visto como um equipamento seguro, as antenas de telemóvel são instaladas junto das habitações, a maioria das casas têm telefones sem fios e ligações à Internet sem fios. Ou seja, todos nós vivemos diariamente mergulhados num nevoeiro invisível de radiação electromagnética ficando à mercê das consequências que daí advenham.

Porque é que a OMS, não tendo a sua bola de cristal, não segue igualmente as recomendações que lhe são apresentadas para reduzir os níveis máximos de  exposição aos campos electromagnéticosd, garantindo assim a protecção dos habitantes de todos os países?

A OMS defende que os valores de 450 µW/cm² apresentados pelo ICNIRP são seguros. Isto leva a que muitos países como Portugal, se limitem a seguir as recomendações da OMS.
O valor de referência apontado como seguro para o ser humando é de apenas 0.1 µW/cm², ou seja, vários milhares abaixo do valor recomendado pela OMS.

Sem dúvida que isto não só é preocupante, como VERGONHOSO!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Sentença do Tribunal - O Telemóvel como causador de invalidez profissional


Um homem de 57 anos, foi afectado por um tumor benigno no nervo trigémino (nervo que possui três ramos: o mandibular, o oftálmico e o nervo maxilar - controla, principalmente, a musculatura da mastigação e a sensibilidade facial) que apesar de ter sido removido após uma cirurgia, trouxe consequências terríveis para a sua qualidade de vida.
Innocenzo Marcolini trabalhou durante 10 anos como gerente de uma empresa na Brescia (Itália) e passava horas e horas ao telemóvel e telefones sem fios (telefone normal da rede fixa, mas sem fios).

Agora, foi finalmente compensado parcialmente ao ganhar o recurso apresentado contra a decisão do INAIL (Instituto Nacional e Segurança Laboral no Trabalho em Itália) que reconhece 80% de incapacidade causada por esta doença profissional. Pela primeira vez, um recurso de apelação em Itália, reconhece como causa de doença a exposição aos campos ectromagnéticos por motivos profissionais.

A investigação do processo foi levada a cabo por o Prof. de Biologia Angelo Levis, professor de Mutação Genética na Universidade de Padua, considerado uma autoridade na investigação do impacto dos campos electromagnéticos na saúde pública e pelo neurocirurgião Jose Grasso.
Eles explicaram que tinham contactado outras 2 pessoas há 3 anos, uma de Brescia e outra de Falleba, que tinham um trabalho muito semelhante ao de Innocenzo Marcolini. Trabalhavam num escritório e tinham um grande relacionamento com clientes, o que os obrigava a usar o telemóvel de forma intensiva, utilizando a mão direita para escrever e a outra mão para segurar o telemóvel junto à orelha esquerda. Uma das pessoas desenvolveu um tumor maligno na glândula salivar parótida e a outra um tumor benigno que afectava também o gânglio trigémino. Ambos os tumores apareceram do lado esquerdo da cabeça. A peritagem foi realizada com base em documentação científica em conjunto com os dados recolhidos das neurocirurgias.

Os peritos judiciais designados pelo tribunal como a terceira parte, reconheceram a validade da investigação, afirmando que é plausível que haja uma relação entre a doença e a exposição aos campos electromagnéticos artificiais.

Não nos podemos esquecer que isto se passou em Itália, que é um país muito mais evoluído que Portugal em matéria de segurança contra os campos electromagnéticos. Tal como já aqui foi referido, enquanto Portugal admite um valor máximo de exposição electromagnética de 450 µW/cm² para a rede GSM, em Itália o valor máximo permitido é de apenas 2.5 µW/cm². E enquanto em Portugal ninguém se preocupa em fazer baixar estes valores, os Italianos têm como intenção baixar ainda mais os seus limites de segurança. É incrível que em Portugal muitos de nós estejamos expostos diariamente a valores de radiação electromagnética que sendo considerados seguros no nosso país, são considerados perigosos noutros países.

Já tive oportunidade de falar com pessoas que removeram tumores junto ao canal auditivo, ficando com alguma distorção facial, e quando começámos a falar de telemóveis, elas identificaram-se com o facto de  durante muitos anos terem passado imenso tempo ao telemóvel por razões profissionais.
O caso do ex-ministro Jorge Coelho que passava centenas de horas por mês ao telemóvel, foi um dos casos falados na comunicação social após lhe ter sido diagnosticado um tumor no ouvido. Felizmente recuperou após ter sido submetido a tratamentos.
Enquanto não são tomadas medidas de prevenção, as empresas de serviços móveis ganham tempo e aproveitam para tirar partido da fraca legislação que existe nesta matéria. Não é mais do que um Deja Vu quando pensamos na história do tabaco.

domingo, 8 de novembro de 2009

Estudo - Radiação dos Telemóveis enfraquece os ossos

De acordo com um novo estudo publicado, os homens que usam o telemóvel à cintura ao longo de vários anos, podem vir a ter uma diminuição da densidade óssea na zona pélvica.

Muitos estudos já identificaram que a utilização de telemóveis a longo prazo, expõe as pessoas a níveis de energia que são suficientes para causar problemas de saúde como tumores cerebrais e problemas de comportamento nas crianças. Este estudo se bem que ainda precoce, levanta mais uma possível consequência associada à utilização dos telemóveis, neste caso ao seu transporte.

O estudo foi efectuado na Turquia, por investigadores que examinaram a densidade óssea da zona pélvica superior de 150 homens que transportaram o telemóvel à cintura numa média de 15 horas por dia, durante 6 anos.
A densidade óssea foi comparada entre o lado onde transportavam o telemóvel e o lado oposto. O estudo demonstrou uma ligeira redução na densidade óssea na zona onde o telemóvel era transportado. Apesar da diferença detectada não ser muito significativa, os investigadores apontam para o facto dos homens ainda serem jovens e que para um período de tempo mais alargado esta diminuição de densidade óssea tornar-se-á mais evidente. O estudo foi publicado no “Journal of Craniofacial Surgery”.


Das várias conclusões que podemos tirar deste artigo é o grande desconhecimento que existe nas implicações que um telemóvel pode ter na nossa saúde, mas acima de tudo, que a prevenção é a atitude mais inteligente a adoptar quando existem dúvidas quanto à segurança de qualquer produto ou tecnologia.
Com os telemóveis é possível adoptar um conjunto de regras que minimizem os riscos para a saúde. No caso do transporte, o facto das mulheres usarem por natureza uma mala onde transportam os seus objectos pessoais, coloca-as fora do grupo de risco que transporta o telemóvel junto ao corpo, como no caso dos homens.
Se fizermos um paralelismo com as antenas de telemóvel, rapidamente nos apercebemos que os riscos que estão associados a estas antenas, ao contrário dos telemóveis, não nos permitem adoptar qualquer medida de prevenção.
A única medida de precaução ou prevenção era não permitir que estas antenas tivessem sido instaladas tão próximos de outras habitações. A outra medida que nos resta é simplesmente mudarmos de casas sem a garantia que o mesmo não volte a acontecer para onde quer que vamos.
Esta falta de consciência ou desprezo pela vida humana, leva a que famílias como a minha vivam como perfeitas cobaias junto destas antenas.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Casos na primeira pessoa - Viver debaixo de uma antena


Antonio Gómez é um lutador nato, desde 2004 que nem as operadoras nem o cancro do cólon lhe retiraram as energias para denunciar os perigos das comunicações móveis, as antenas e o denominado “triangulo de la muerte”, de Mósteles (Espanha).
Ele conseguiu sentar no banco de acusação as operadoras, o Município da sua localidade e os presidentes das várias comunidades do Bairro, por entre outros delitos, “danos à saúde e à segurança colectiva, actividade clandestina, emissão prejudicial ao meio ambiente, homicídio e lesões por falta de precaução”.


Em 2007 apoiou a retirada de uma antena da Vodafone pertencente ao “Triangulo de la Muerte” de Móstoles. Os vizinhos já tinham colocado este caso em tribunal após o aparecimentos de 12 casos de cancro em habitantes do edifício onde a antena se encontrava instalada, dos quais 5 faleceram. No entanto, esta antena só foi removida após a finalização do contrato com a comunidade de proprietários.

Antonio Gómez acabou por ter de recorrer ao Tribunal dos Direitos Humanos de Estrasburgo que aceitou a sua denúncia. Acabou por ter de recorrer a esta instância europeia dado que no seu país nem o Defensor do Cidadão, nem a entidade fiscalizadora, nem a Audiência Providencial de Madrid, nem o Tribunal Constitucional, nem o Presidente do Governo, nem o Rei, .., nem nada com o poder de decisão aceitou tomar qualquer acção contra a denúncia de tantos casos de cancro e morte em redor destas antenas.

Este actor veterano de 60 anos, descobriu que tinha cancro no cólon em 2004 e desde então descobriu que para além da antena que tinha no telhado, existiam outras 2 antenas numa área com menos de 500m2 que ficou apelidado de “Triángulo de la Muerte” após terem sido detectados mais de 100 casos de cancro e 42 mortes.


sábado, 24 de outubro de 2009

WiredChild – Proteger as nossas crianças da tecnologia Wireless

Mais uma boa iniciativa para prevenção contra os perigos associados às tecnologias Wireless, o site WiredChild está bem estruturado, disponibilizando informações que nos enquadram quanto ao risco para a saúde associado à radiação electromagnética proveniente das tecnologias de comunicações sem fios.
Este site está orientado para:
  •  Pais das crianças – recomendando um conjunto de regras de segurança a seguir para minimizar ou eliminar os riscos de exposição das crianças a este tipo de tecnologia.
  • Escolas – alertando para os perigos provenientes das redes Wi-fi instaladas assim como dos acessos wi-fi dos computadores portáteis, às quais alunos e professores estão sujeitos.
  • Crianças – recomendando medidas de segurança para as próprias crianças na utilização dos telemóveis.
Este site dispõe de muita informação de carácter científico que serve de suporte aos muitos alertas dirigidos aos pais, jovens e escolas. É também apresentado o lado mais negro ao ser evidenciada uma análise de tendências relativamente aos casos de cancro verificados no Reino Unido:
  • O aumento de casos de cancros especialmente ente as camadas mais jovens. 
  • Os casos de cancro no cérebro e espinal medula, praticamente duplicaram nos últimos 25 anos na faixa infantil. 
  • Os casos de cancro no cérebro provocam mais mortes entre  crianças e adultos com  menos de 40 anos, quando comparados com qualquer outro tipo de cancro.
 

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Prevenção Rodoviária - Se conduzir não use o telemóvel

Já aqui mencionamos várias vezes que uma das medidas de prevenção para nos protegermos da radiação dos telemóveis é simplesmente não os usarmos quando estamos dentro de locais onde haja pouca rede, isto porque o telemóvel tenderá a usar o máximo de potência de transmissão para contactar a antena de telemóvel mais próxima e logicamente que o índice de radiação a que ficaremos expostos será muito maior.
O carro é o exemplo de um destes locais cuja construção acaba por isolar o seu interior criando condições de fraca cobertura da rede móvel.
A medida de prevenção acima descrita aplica-se a todos os ocupantes do veículo, mesmo para os que não estão a conduzir.

A outra situação, até agora reconhecida como única implicação do telemóvel na saúde dentro dos veículos, é o perigo de distracção por parte do condutor quando tem de usar o telemóvel. Ao contrário da exposição à radiação do telemóvel cujas consequências não têm um efeito imediato, a distracção provocada por um telemóvel pode dar origem a um acidente que terá efeitos imediatos na vida daqueles que viajam no próprio veículo e nas restantes pessoas que possam ser envolvidas no acidente.
Numa iniciativa de convencer os jovens a não usarem o telemóvel enquanto conduzem, especialmente a absterem-se por completo ao envio de mensagens que é identificado como um comportamento de risco na medida em que o condutor é forçado a desviar os olhos da estrada, o governo do Reino Unido teve a audácia de criar um vídeo chocante de forma a despertar a atenção dos jovens que são a camada mais propícia a este comportamento negligente. O conteúdo do vídeo pode ser impressionante para alguns mas a mensagem é clara:
“A utilização de um telemóvel durante a condução pode ser fatal para si e para os outros”.


segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Dr. Martin Blank – Campos Electromagnéticos e os riscos para a saúde

Numa conferência de Imprensa ocorrida a 27 de Maio de 2009 em Toronto, o Dr. Martin Blank da Universidade da Colômbia mostra-nos o impacto na saúde dos campos electromagnéticos na perspectiva da Ciência.
Nesta conferência é abordado um tema interessante relativamente aos resultados dos vários estudos que são financiados pelas empresas de comunicações móveis. É incrível que estas empresas consigam que cerca de 68% dos estudos sejam apresentados como negativos quanto aos malefícios para a saúde, quando comparados com os resultados de empresas independentes que concluem que 70% dos estudos efectuados apresentam malefícios para a saúde.
Com valores tão dispares, só podemos suspeitar que sempre que as empresas de comunicações entram nestes estudos, os seus resultados são no mínimo suspeitos.

Outro dos temas abordados refere uma vez mais a enorme discrepância entre os valores limite praticados e o valor recomendado como seguro na exposição a campos electromagnéticos. Em Portugal o valor máximo permitido é de 450 uw/cm2 quando comparado com um valor de segurança recomendado que é de 0.1 uw/cm2, estamos a falar de um valor 4500 vezes inferior!!
Tudo isto porque as pessoas teimam em desprezar os efeitos não térmicos deste tipo de Tecnologia e apenas consideram os efeitos térmicos que estão associados a níveis de radiação electromagnética mais elevados.

Toda esta disparidade entre o que as empresas de comunicações móveis dizem sobre a segurança deste tipo de tecnologia e sobre os valores de segurança que são praticados face ao que é recomendado, apenas nos pode levar a concluir que algo de muito errado se esconde por detrás de tudo isto.
Uma vez mais fica o apelo à Prevenção e à Prudência que em Portugal apesar de alguns dizerem que existe, é simplesmente invisível e ninguém tem a coragem de abordar este tema com a seriedade necessária para que seja assumida uma postura de protecção aos cidadãos. As pessoas têm de saber que estão a correr riscos e têm de se sentir protegidas.

O Dr. Martin Blank deixa um exemplo muito pertinente:
Se conduzirmos a 80 km/h numa estrada teremos um determinado número de fatalidades, mas se aumentarmos a velocidade para cerca de 100 km/h o número de fatalidades irá aumentar. A questão aqui é saber qual o número de fatalidades que a sociedade está disposta a permitir que ocorram. Ao nível dos campos electromagnéticos, a exposição a este tipo de radiação irá ter consequências biológicas levando a que parte da população acabe por não resistir, e o que nós temos de fazer como sociedade é determinar qual o nível de segurança que deverá ser adequado face à ameaça existente. A decisão científica é clara, os padrões de segurança actualmente existentes têm de ser revistos e têm de ser redefinidos, o que resta para defesa dos cidadãos é uma decisão politica que tem de ser tomada.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Telemóveis e Tumores Cerebrais: 15 razões para preocupação

Recentemente foi divulgado mais um estudo "Cellphones and Brain Tumors: 15 Reasons for Concern, Science, Spin and the Truth Behind Interphone" publicado pelo International EMF Colaborative.
Os grupos que participaram neste estudo incluem PowerWatch, EM Radiation Research Trust do Reino Unido, EMR Policy Institute, ElectromagneticHealth.org e The Peoples Initiative Foundation dos Estados Unidos. Alguns dos documentos que foram facultados pelo estudo Interphone foram igualmente usados.
O estudo teve por base a pesquisa do relacionamento dos telemóveis com os tumores cerebrais e concluiu que:
  • Existe um risco de tumor cerebral proveniente da utilização do telemóvel
  • As empresas de Telecomunicações financiaram estudos que desvalorizaram o risco de tumores cerebrais
  • As crianças têm um risco superior para desenvolver tumores cerebrais, quando comparadas com os adultos.
Consultar o Estudo

O seu conteúdo é preocupante na medida em que actualmente o telemóvel faz parte da vida de 4 biliões de pessoas em todo o mundo e os grandes prejudicados são as crianças uma vez que apresentam um risco maior de vir a desenvolver tumores cerebrais.
Um dos autores do estudo, Lloyd Morgan, encontrou aumentos significativos do risco de cancro no cérebro após 10 anos ou mais de utilização de telemóveis ou telefones sem fios. Das muitas conclusões deste cientista podem ler-se:
  • Por cada 100 horas de utilização do telemóvel, o risco de tumor cerebral aumenta em 5%
  • Por cada ano de utilização do telemóvel, o risco de tumor cerebral aumenta em 8%
  • Após 10 anos ou mais de utilização do telemóvel, o risco de tumor cerebral aumenta em 280%
  • Para os utilizadores de telemóveis que eram crianças quando começaram a usar telemóveis, existe um risco de 420% de virem a desenvolver um tumor cerebral.

Recomendo que leiam este estudo, que está numa linguagem acessível e que merece a reflexão de todos, especialmente dos pais e entidades cuja obrigação é protegerem as nossas crianças.

Na introdução do estudo estão publicadas algumas citações das quais fiz questão de traduzir duas delas:

“Hoje, mais do que nunca, a ciência detém a chave para a nossa sobrevivência como planeta e a nossa segurança e prosperidade como nação. Mais uma vez, está na altura de colocarmos a ciência no topo da nossa agenda e trabalhar para devolver à América a posição de líder mundial em Ciência e Tecnologia. Temos de ouvir o que os cientistas têm para dizer, mesmo quando é inconveniente - especialmente quando é inconveniente”
Presidente Barack Obama


O Princípio da Precaução
“O princípio da precaução é aplicado quando as evidências cientificas são insuficientes, inconclusivas ou incertas e a avaliação científica preliminar indica que existem fundamentos razoáveis para preocupação de que os efeitos potencialmente perigosos para o ambiente, para o homem, animais ou saúde do planeta podem ser inconsistentes com o nível de segurança mais elevado adoptado”
European Commission Communication on the Precautionary Principle 2nd February 2000

Era bom que a DGS e os partidos políticos olhassem para estes estudos e que no mínimo adoptassem o Princípio da Precaução tomando medidas públicas que protegessem os seus cidadãos.

sábado, 19 de setembro de 2009

Os mastros com Antenas de Telémóvel e a sua Saúde – por Drª Magda Havis

A Drª Magda Havis é toxicologista ambiental, professora associada do Environmental & Resource Studies na Universidade de Trent, onde ensina e efectua pesquisas sobre os efeitos biológicos de contaminantes ambientais. A sua pesquisa está relacionada com o estudo de energia electromagnética não ionizante para frequência muito baixas (60Hz) e para gamas de radio frequências usadas nas telecomunicações wireless. Tem vários estudos publicados e participou em várias conferências sobre o impacto das comunicações sem fios nas nossas vidas.
Ela está particularmente interessada em monitorar a exposição da população nos centros urbanos à radiação das radio-frequências e campos electromagnéticos.
O conteúdo da sua conferência não deixa de ser perturbador para todos aqueles que são vitimas dentro de suas casas.

Apesar desta conferência ter 1 hora, o seu conteúdo é muito rico e foi suficiente para me deixar chocado com um conjunto de factos que ninguém comenta.

Alguns dos aspectos levantados na sua conferencia sobre exposição a campos electromagnéticos provenientes de várias fontes:
  • As antenas de telemóvel colocadas junto das habitações poderão interferir com alguns contadores de energia, levando a que houvesse pessoas nos Estados Unidos a pagar o dobro de electricidade depois de instalarem uma antena de telemóvel perto de suas casas.
  • Algumas lâmpadas economizadores de energia possuem elevados níveis de mercúrio, o que podem ser um problema caso se partam, mas são igualmente uma fonte radiação electromagnética e luz ultravioleta.
  • Os efeitos de refracção dentro de casa pode levar a que as pessoas sejam atingidas por radiação electromagnética emitida por uma antenas, que entre por uma janela e seja reflectida num armário por exemplo
  • Outro relato perturbante tem por base uma medição feita dentro de uma casa perto de uma antena e as medições identificaram que a radiação estava na cabelagem eléctrica da própria casa e objectos como candeeiros funcionavam como antenas
  • Relacionamento das antenas com aumentos de casos de cancro, em especial leucemia
  • 35% da população pode estar a sofrer de Electro-hipersensibilidade enquanto 35% a 50% poderá não ser afectada
  • As medidas de seguranças de exposição a campos electromagnéticos não fazem sentido uma vez que não nos protegem contra os efeitos não térmicos da radiação.
  • As partes mais sensíveis do corpo na exposição aos efeitos não térmicos são os olhos e os testículos.



Outros links para conferências da Drª Magda Havis:

Segundo a Drª Havis não é possível esconder por mais tempo os efeitos nefastos que esta tecnologia pode ter nas pessoas e a solução para vivermos numa comunidade saudável, passa pelas seguintes medidas:
  • Temos de reconhecer os efeitos nefastos para a saúde resultantes da exposição aos campos electromagnéticos. Não podemos assumir que estamos seguros, apenas porque as actuais recomendações de segurança estão a ser seguidas, ou seja, o facto da lei ser respeitada não é sinónimo de segurança.
  • Necessário efectuar medições para monitorar as radiações nas habitações junto de antenas de telemóveis
  • Proibir as antenas de serem instaladas a distâncias inferiores a 400 metros das habitações mais próximas.
  • Criar zonas livres de microondas em escolas, bibliotecas e outros locais sensíveis
A Drª Havis conclue a sua conferência com uma frase para reflexão:
“A liberdade não pode existir se não houver um conhecimento generalizado entre as pessoas.
Se não soubermos, não podemos agir, mas a partir do momento que o conhecimento existe, passamos a ter uma opção, ou actuamos ou não actuamos”


O que está visível com estas 3 antenas instaladas em Oeiras de forma tão negligente junto das habitações, é que a opção foi meramente não actuar, não tomar medidas de precaução e não proteger as inúmeras famílias que vivem em redor destas antenas.


terça-feira, 15 de setembro de 2009

Solários – Mais um triste caso para a história

Em Julho de 2009, foi noticiado que especialistas de oncologia colocaram os solários e outras fontes de radiação ultravioleta no topo das categorias de risco de cancro, considerando-os tão mortais como o arsénico ou gás mostarda.
Uma mulher que tivesse feito uma sessão de solário por semana teria 55% mais probabilidades de desenvolver um melanoma quando comparado com pessoas não usaram solários. O mesmo acontece com jovens na casa dos vinte anos, cujo risco de cancro é superior em 150% quando comparado com jovens que não frequentaram solários.

Estes números são simplesmente arrepiantes e será difícil quantificar todos aqueles que morreram ou irão morrer por se ter demorado tanto tempo até que as vozes de unanimidade abafassem por completo todos aqueles que sempre afirmaram que os solários não representavam um risco para a saúde.
Aparentemente os solários tiveram inicio com a descoberta acidental da lampada de ultravioletas em 1903, levando ao aparecimento dos primeiros sistemas de radiação ultravioleta durante os anos 20 e 30.
Aqui fica mais um triste exemplo do tempo que o homem leva até que tome medidas para se proteger a si próprio. Aproveito para publicar o rosto de Clare Oliver que foi uma jovem que dedicou os últimos anos da sua vida em campanhas contra os solários, até morrer em 2007 aos 26 anos vitima de cancro na pele.

Logicamente que não posso deixar de comparar mais um episódio negro da nossa história, com o do impacto dos campos electromagnéticos na nossa saúde.
Uma vez mais somos confrontados com estudos e recomendações para minimizarmos o risco de exposição e em Portugal não são tomadas medidas que impeçam as famílias de comprometerem as suas vidas ao ficarem à mercê das antenas de telemóvel colocadas de forma IRRESPONSÁVEL junto das habitações.
Se daqui a uns anos houver unanimidade quanto ao perigo destas antenas, tal como houve agora com os solários e como já houve com o tabaco, certamente que ninguém irá assumir qualquer responsabilidade com o facto de muitos de nós termos sido forçados a viver em constante risco dentro de nossas casas. É que ao contrário dos solários, que poderão ter afectado aqueles que os frequentaram, com as antenas não temos qualquer alternativa de fuga, somos simplesmente obrigados a conviver com estas ratoeiras metálicas perto de nossas casas, deixando-nos sem qualquer defesa contra os malefícios para a nossa saúde que daí advenham.
Vivemos numa sociedade onde a nossa saúde pode ser simplesmente comprometida de uma forma politicamente correcta sem que haja culpados ou responsáveis e não tenho dúvidas que está a ser escrito mais um capítulo negro na nossa história.

domingo, 13 de setembro de 2009

Um escândalo chamado Interphone

Com o crescimento do mercado dos telemóveis e a preocupação relativamente ao seu impacto na saúde, foi feito o maior estudo para avaliar o impacto dos telemóveis no aparecimento de vários tipos de cancro, nomeadamente: tumores no nervo auditivo, tumor ao nível do cérebro e medula espinal e tumores nas glândulas salivares.
O Interphone começou no ano 2000, custou mais de 30 milhões de dólares, envolveu mais de 50 cientistas provenientes de 13 países e incidiu sobre 14000 pessoas.
Este estudo foi concluído em 2006 (alguns dizem 2005) e por mais escandaloso que pareça, os seus resultados não foram ainda publicados.
Após a sua conclusão foram agendadas várias datas para a sua publicação, o que nunca veio a acontecer até ao dia de hoje.
Cansados de esperar, alguns dos cientistas envolvidos no estudo acabaram por publicar alguns artigos que davam conta da confirmação de existir uma relação directa entre a utilização do telemóvel e alguns tipos de cancro.
O cientista israelita Siegal Sadetzki, um dos principais investigadores que participou neste estudo, foi o primeiro a afirmar a um jornal "O tempo em que se dizia que este tipo de Tecnologia não causava danos já passou, ela prejudica a saúde".
O Professor Bruce Armstrong, responsável pela participação australiana neste projecto, foi o segundo investigador a demonstrar preocupação na utilização prolongada dos telemóveis e afirmou que as pessoas iriam ficar chocadas com a evidência dos factos.
Entretanto, a controvérsia aumentou quando 9 dos 13 países envolvidos, tornaram público parte dos estudos efectuados originando ainda mais desinformação.
Com o que foi publicado, muitos começaram apontar falhas na forma como foram formados os vários grupos estudados e o tipo de amostragem usado, que poderá ter tido influência nos resultados obtidos.

Independentemente dos resultados que venham a ser publicados, algumas pessoas já decidiram que as descobertas apontadas por este estudo exigem medidas de precaução. O director da Universidade de Pittsburgh Cancer Institute, Robert Herberman, fez as manchetes dos jornais em Julho ao dirigir um memoranto para os 3.000 membros do seu staff, aconselhando-os a tomar medidas urgentes como limitar o uso do telemóvel, não manter o telemóvel perto do corpo durante a noite e evitar usá-lo em locais com fraca qualidade de rede devido ao aumento da potência da transmissão do telemóvel.

Toda esta falta de transparência deveria de ser suficiente para que todos tomassem medidas de precaução na utilização dos telemóveis. Contudo, em vez de se verem medidas de protecção por parte das entidades que deveriam ter competência na defesa dos cidadãos, continuamos a assistir a uma proliferação descontrolada de telemóveis e serviços de rede sem fios sem que ninguém recomende qualquer precaução quanto à sua utilização, mesmo por parte das camadas mais jovens.
Quem sai a ganhar com tudo isto continuam a ser as empresas que aumentam os seus lucros na exploração de serviços que ninguém contesta.
Certamente que tal como a história sempre nos ensinou, o tempo trará a verdade sobre tudo isto, mesmo que seja tardia para todos aqueles que ignoraram o risco.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Queixa aceite no Parlamento Europeu

Tal como referi anteriormente, as várias queixas que apresentei contra estas 3 antenas não me permitiram identificar qual a entidade que assume inteira responsabilidade pelos danos que as mesmas possam vir a causar na nossa saúde.
A falta de iniciativas na abordagem deste problema por parte de todos aqueles que nos deviam proteger, levou-me a apresentar uma queixa contra a forma violenta em que somos obrigados a viver nas próximidades destas antenas que garantem serem seguras, mas que ninguém se responsabiliza, ou seja, estamos por nossa conta e risco sem que ninguém nos proteja.
O Parlamento Europeu tem uma comissão de petições para a qual enviei a minha queixa, que tal como qualquer outra, necessita de passar por diversos formalismos até que seja aceite pela Comissão de Petições.
Depois de ter sido informado que a queixa estava a ser traduzida para várias linguas, fui agora notificado de que foi aceite pela Comissão de Petições, que considerou as questões levantadas em conformidade com o Regulamento do Parlamento Europeu, dado que as mesmas incidem no âmbito das actividades da União Europeia.
A Comissão das Petições deu início à apreciação da minha petição e decidiu solicitar à Comissão Europeia que inicie uma investigação preliminar sobre os diferentes aspectos do problema.

Depois de tanta indiferença e desprezo, é gratificante saber que alguém não ignorou este problema, que não deixa de ser um problema de todos aqueles que são forçados a viver junto de uma antena, de uma forma politicamente correcta. Pena é que este apoio teve de vir de fora de Portugal, porque por cá, ou existem coisas mais importantes a resolver ou simplesmente ninguém quer tomar medidas que possam ser impopulares contra os gigantes das telecomunicações.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

"Kompetenzinitiative", uma Iniciativa Alemã no estudo dos campos electromagnéticos

Esta informação chegou-nos pela amabilidade de Simone Klein:


Um grupo de cientistas e médicos criaram a "Kompetenzinitiative", na Alemanha, denominada como “Competence Initiative for the Protection of Humanity, Environment and Democracy”. Esta associação dedica-se ao estudo do impacto dos campos electromagnética na saúde é e suportada por uma grande base cientifica, como se pode constatar no site pelo plantel que constitui esta Iniciativa para a Competência

O "Kompetenzinitiative" confirma as mesmas conclusões que o Bionitiative Report:
Os interesses económicos e a aplicação de tecnologias precoces, desrespeitam os direitos e a protecção dos cidadãos.

Os seus estudos abrangem o impacto destas tecnologias de comunicação sem fios no homem, mas também nos animais e plantas.
Os documentos publicados estão orientados para comunidades que fazem investigação científica sobre este problema, mas também para a sociedade em geral.
A qualidade dos documentos é muito boa e recomendo o download das publicações que foram traduzidas e estão disponíveis sem qualquer custo:

How susceptible are Genes - Estudo sobre o impacto dos campos electromagnéticos na nossa saúde.

Bees, birds and mankind – Aborda a forma irresponsável como o homem afecta todo o meio ambiente com a proliferação de campos electromagnéticos. O desaparecimento de algumas espécies de pássaros e das abelhas poderão comprometer o nosso futuro.

Aqui fica o registo de mais uma associação que aponta o dedo à forma irresponsável como estas tecnologias estão a crescer por todo o mundo.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Com uma filha com cancro e a lutar contra a instalação de mais uma antena

Mais uma triste história, desta vez na vizinha Espanha e que tem como protagonista um pai que luta contra a instalação de mais uma antena de telemóvel que será instalada a cerca de 20 metros de sua casa. Como se não bastasse a brutalidade deste cenário, este pai tem uma filha de 3 anos a quem lhe foi diagnosticada leucemia. Os próprios médicos adiantam que a criança poderá ter desenvolvido este tipo de cancro devido às diversas antenas que estão nas proximidades da sua habitação e desaconselham a sua exposição à radiação electromagnética destas mesmas antenas.

De salientar que o Bioinitiative Report publicou vários estudos nos quais demonstram que a taxa de mortalidade de crianças com leucemia que vivem mais expostas a campos electromagnéticos é muito superior a crianças com a mesma doença que não estão tão expostas a esse tipo de radiação.
Este pai criou o blog http://antenasno.blogspot.com/ onde estão publicadas algumas acções que foram tomadas, como notícias de jornal, entrevistas para a televisão e manifestações, tudo na tentativa de sensibilizar as pessoas para este problema que nos afecta a todos e em especial as nossas crianças.
Os espanhóis são muito mais activos do que nós na contestação da forma como somos obrigados a viver expostos aos riscos que esta tecnologia pode trazer para a nossa saúde.
Para os que autorizam estas barbaridades, pensem apenas como seria a vossa vida se esta fosse a vossa filha.
Um grande abraço deste blog para este pai determinado.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

A Gripe A e os campos electromagnéticos?

Recentemente recebi um mail muito interessante com um conjunto de medidas para nos precavermos contra a gripe A e que transcrevo na sua integra:

O melhor pode fazer é reforçar o seu sistema imunológico através de uma alimentação correta e saudável, no sentido de manipular sua imunidade, preparando as células brancas do sangue (neutrófilos) e os linfócitos (células T) as células B e células matadoras naturais. Essas células B produzem anticorpos importantes que correm para destruir os invasores estranhos, como vírus, bactérias e células de tumores. As células T controlam inúmeras actividades imunológicas e produzem duas substâncias químicas chamadas Interferon e Interleucina, essenciais ao combate de infecções e de tumores. Bem vamos ao que interessa, ou seja quais são os alimentos importantes (estimulam a acção do sistema imunológico e potencializam seu funcionamento).
  • Antes de mais nada, tome pelo menos um litro e meio de água por dia, pois os vírus vivem melhor em ambientes secos e manter suas vias aéreas húmidas desestimulam os vírus. Não a tome gelada, preferindo sempre água natural e de preferência água mineral de boa qualidade.
  • Não tome leite, principalmente se estiver resfriado ou com sinusite, pois produz muito muco e dificulta a cura.
  • Use e abuse do Iogurte natural, um excelente alimento do sistema imunológico.
  • Coloque bastante cebola na sua alimentação.
  • Use e abuse do alho que é excelente para o seu sistema imunológico.
  • Coloque na sua alimentação alimentos ricos em caroteno (cenoura, damasco seco, beterraba, batata doce cozida, espinafre cru, couve) e alimentos ricos em zinco (fígado de boi e semente de abóbora).
  • Faça uma dieta vegetariana (vegetais e frutas).
  • Coloque na sua alimentação salmão, bacalhau e sardinha, excelentes para o seu sistema imunológico.
  • O cogumelo Shiitake também é um excelente anti-viral, assim como o chá de gengibre que destrói o vírus da gripe.
  • Evite ao máximo alimentos ricos em gordura (deprimem o sistema imunológico), tais como carnes vermelhas e derivados.
  • Evite óleo de milho, de girassol ou de soja que são óleos vegetais poli-insaturados.
Importante: mantenha suas mãos sempre bem limpas e use fio dental para limpar os dentes, antes de os escovar. Com esses cuidados acima e essa alimentação... os vírus nem chegarão perto de você.


Sem dúvida que estas dicas parecem fazer sentido ao tornar o nosso sistema imunitário mais forte, diminuindo o risco de contaminação do nosso organismo.
Contudo, tal como já mencionámos neste blog, a exposição contínua a campos electromagnéticos está igualmente referenciada em vários estudos, incluindo o Bionitiative Report (já aqui abordado), como responsável pelo ENFRAQUECIMENTO do nosso sistema imunitário. Ou seja, podemos fazer um enorme esforço para nos tentarmos manter saudáveis, mas os agentes externos como as antenas de telemóvel junto de nossas casas estarão continuamente a afectar o nosso sistema imunitário, pela negativa.
Aproveito para salientar, tal como já referido em vários artigos deste blog, que as antenas são um problema porque estão permanentemente a emitir radiação electromagnética (24 horas por dia, todos os dias do ano) e nós não as podemos simplesmente desligar, mas existem outras práticas para diminuirmos a nossa exposição a campos electromagnéticos de outras fontes, que também já aqui foram referidas (vejam o artigo de 5 de Abril 2008 "O que nos deveriam informar sobre os telemóveis e como prevenir"):
  • Atenção à utilização do telemóvel, especialmente por crianças, veja neste blog como minimizar a sua exposição
  • Troque o seu telefone sem fios para a rede fixa por um telefone com fio, ou por vários telefones. Os telefones sem fios permitem alcances de cerca de 300 metros, ou seja, para além da sua família, o seu vizinho também é afectado pelo seu telefone.
  • A utilização das redes sem fios para acesso à Internet levam a que quando em nossa casa tentamos detectar a nossa rede wireless, para além da nossa, detectamos mais um conjunto de redes pertencentes aos nossos vizinhos. Em minha casa dispensei o acesso sem fios e passei a usar um cabo de 20 metros para quando vou para outra divisória que não o escritório. Se todos tiverem routers Wireless em casa, vamos continuar expostos à radiação electromagnética destes equipamentos. No mínimo, desligue o seu router Wireless quando não precisar de aceder à Internet e não compre antenas de elevado ganho para o Router porque para melhorar a rede vai expor-se a si e aos outros a campos electromagnéticos mais fortes. Eu sei, é antiquado, mas funciona, a velocidade de comunicação é maior e não estamos expostos a campos electromagnéticos.
  • A maioria dos computadores portáteis já vem com Wi-Fi integrado. Se não usa o acesso sem fios, simplesmente desligue-o. A maioria dos portáteis tem um pequeno botão para desactivar as comunicações sem fios.

Existem outros tipos de equipamento que temos em casa e com os quais devemos ter cuidado sempre que estes sejam ligados, tais como:
  • Microondas: manter uma distância superior a 2 metros
  • Televisão CRT (tipo caixote das antigas): manter uma distância superior a 2 metros, especialmente para as crianças que gostam de se sentar ou deitar em frente à televisão
  • Monitor CRT para computador: troque por um TFT que não tem radiação

Nunca é de mais relembrar, que as crianças de hoje estão a crescer expostas a níveis de radiação muito superiores aos que nós fomos expostos quando tínhamos a idade deles. Esta situação continua a ser negligenciada em vários países, incluindo Portugal. Se nada fizermos, o seu futuro será certamente incerto.

A gripe A não é causada pelos campos electromagnéticos, mas tudo aquilo que interfere com as protecções naturais do organismo de cada um, só pode ser considerado como um agente de risco que deverá ser evitado ou minimizado por todos os que se preocupam com a saúde.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Queixa apresentada no Parlamento Europeu

Em virtude dos vários contactos efectuados com diversas entidades portuguesas não terem de forma alguma esclarecido sobre quem assume inteira responsabilidade pelos danos causados à saúde daqueles que são forçados a viver em exposição permanente às 3 antenas de telemóvel instaladas na Av. Brasília em Oeiras, foi apresentada uma queixa no Parlamento Europeu contra a instalação destas antenas e a falta de bom senso na forma como a instalação das antenas é autorizada em Portugal.

Já recebemos a notificação de que a queixa foi aceite em Bruxelas e que actualmente está a ser traduzida para várias línguas para ser analisada.

É uma tristeza que em Portugal ninguém faça frente a esta vergonha que deita por terra o direito à vida que todos deveríamos ter. Nem a Assembleia da república ou os partidos políticos contactados, manifestaram qualquer interesse por este problema.

Pelos vistos, um português como cidadão nacional pouco pode fazer, espero que como cidadão europeu as notícias sejam outras.


sábado, 27 de junho de 2009

Experiência de qualidade de vida longe das Antenas de Telemóvel

Relato na primeira pessoa de um colaborador deste blog:

Não posso deixar de partilhar a minha experiência de férias uma vez que representa um período da minha vida em que experimentei passar uns dias com a minha família num local cuja antena de telemóvel mais próxima se encontrava a mais de 1 km de distância.
Fiquei espantado com o comportamento que todos tivemos:

  • Dormíamos no quarto à tarde na hora de maior calor, cerca de 2 a 3 horas
  • À noite, apesar de todos termos dormido à tarde, dormíamos mais 10 horas. Tudo isto num local que apesar de ficar junto de uma estrada com algum movimento e barulho, não foi suficiente para nos tirar o sono
  • As refeições eram autênticos banquetes e ninguém se queixou de má digestão ou indisposição
  • Os miúdos não espirravam nem tossiam e assistiu-se a um desenvolvimento bastante visível das capacidades cognitivas da mais pequenina


A nossa casa junto às antenas de Av. Brasília não fica junto de nenhuma estrada movimentada, sendo um local muito sossegado, os nossos colchões são excelentes e mesmo assim não conseguimos de forma alguma uma performance tão boa para o sono.
Voltámos a casa ... as noites mal dormidas voltaram, as alergias voltaram, os miúdos já ficaram doentes e as garrafas de Água das Pedras voltaram a circular pela cozinha.

Toda esta falta de qualidade de vida está referenciada em vários estudos apresentados neste blog onde a exposição permanente aos campos electromagnéticos é responsável por estes e outros efeitos na nossa saúde.

 
As mensagens colocadas na secção reservada aos comentários são da responsabilidade única e exclusiva dos seus autores

Localização das três antenas

Pode navegar no mapa e clicar nos símbolos

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Galeria de Fotos

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Se mora junto de um prédio recheado de antenas ou se a antena instalada está a uma curta distância da sua casa ou perto do nível da sua habitação, ou se os elementos da antena estão virados para o chão ou para a sua habitação, então poderá documentar essa situação nesta galeria. Envie as fotos para o mail deste blog.
Na fotografia enquadre o seu prédio ou habitação com a antena se possível, o objectivo é criar uma galeria de fotos com antenas instaladas em locais que demonstrem falta de bom senso de quem as instala e autoriza.
Pode ver o slideshow ou seleccionar na zona inferior a foto pretendida.Ao clicar numa foto pode ver o descritivo associado.

Envie a sua foto para o mail deste blog

Questionário sobre Telemóveis e suas antenas