Numa conferência de Imprensa ocorrida a 27 de Maio de 2009 em Toronto, o Dr. Martin Blank da Universidade da Colômbia mostra-nos o impacto na saúde dos campos electromagnéticos na perspectiva da Ciência.
Nesta conferência é abordado um tema interessante relativamente aos resultados dos vários estudos que são financiados pelas empresas de comunicações móveis. É incrível que estas empresas consigam que cerca de 68% dos estudos sejam apresentados como negativos quanto aos malefícios para a saúde, quando comparados com os resultados de empresas independentes que concluem que 70% dos estudos efectuados apresentam malefícios para a saúde.
Com valores tão dispares, só podemos suspeitar que sempre que as empresas de comunicações entram nestes estudos, os seus resultados são no mínimo suspeitos.
Outro dos temas abordados refere uma vez mais a enorme discrepância entre os valores limite praticados e o valor recomendado como seguro na exposição a campos electromagnéticos. Em Portugal o valor máximo permitido é de 450 uw/cm2 quando comparado com um valor de segurança recomendado que é de 0.1 uw/cm2, estamos a falar de um valor 4500 vezes inferior!!
Tudo isto porque as pessoas teimam em desprezar os efeitos não térmicos deste tipo de Tecnologia e apenas consideram os efeitos térmicos que estão associados a níveis de radiação electromagnética mais elevados.
Toda esta disparidade entre o que as empresas de comunicações móveis dizem sobre a segurança deste tipo de tecnologia e sobre os valores de segurança que são praticados face ao que é recomendado, apenas nos pode levar a concluir que algo de muito errado se esconde por detrás de tudo isto.
Uma vez mais fica o apelo à Prevenção e à Prudência que em Portugal apesar de alguns dizerem que existe, é simplesmente invisível e ninguém tem a coragem de abordar este tema com a seriedade necessária para que seja assumida uma postura de protecção aos cidadãos. As pessoas têm de saber que estão a correr riscos e têm de se sentir protegidas.
O Dr. Martin Blank deixa um exemplo muito pertinente:
Se conduzirmos a 80 km/h numa estrada teremos um determinado número de fatalidades, mas se aumentarmos a velocidade para cerca de 100 km/h o número de fatalidades irá aumentar. A questão aqui é saber qual o número de fatalidades que a sociedade está disposta a permitir que ocorram. Ao nível dos campos electromagnéticos, a exposição a este tipo de radiação irá ter consequências biológicas levando a que parte da população acabe por não resistir, e o que nós temos de fazer como sociedade é determinar qual o nível de segurança que deverá ser adequado face à ameaça existente. A decisão científica é clara, os padrões de segurança actualmente existentes têm de ser revistos e têm de ser redefinidos, o que resta para defesa dos cidadãos é uma decisão politica que tem de ser tomada.
Nesta conferência é abordado um tema interessante relativamente aos resultados dos vários estudos que são financiados pelas empresas de comunicações móveis. É incrível que estas empresas consigam que cerca de 68% dos estudos sejam apresentados como negativos quanto aos malefícios para a saúde, quando comparados com os resultados de empresas independentes que concluem que 70% dos estudos efectuados apresentam malefícios para a saúde.
Com valores tão dispares, só podemos suspeitar que sempre que as empresas de comunicações entram nestes estudos, os seus resultados são no mínimo suspeitos.
Outro dos temas abordados refere uma vez mais a enorme discrepância entre os valores limite praticados e o valor recomendado como seguro na exposição a campos electromagnéticos. Em Portugal o valor máximo permitido é de 450 uw/cm2 quando comparado com um valor de segurança recomendado que é de 0.1 uw/cm2, estamos a falar de um valor 4500 vezes inferior!!
Tudo isto porque as pessoas teimam em desprezar os efeitos não térmicos deste tipo de Tecnologia e apenas consideram os efeitos térmicos que estão associados a níveis de radiação electromagnética mais elevados.
Toda esta disparidade entre o que as empresas de comunicações móveis dizem sobre a segurança deste tipo de tecnologia e sobre os valores de segurança que são praticados face ao que é recomendado, apenas nos pode levar a concluir que algo de muito errado se esconde por detrás de tudo isto.
Uma vez mais fica o apelo à Prevenção e à Prudência que em Portugal apesar de alguns dizerem que existe, é simplesmente invisível e ninguém tem a coragem de abordar este tema com a seriedade necessária para que seja assumida uma postura de protecção aos cidadãos. As pessoas têm de saber que estão a correr riscos e têm de se sentir protegidas.
O Dr. Martin Blank deixa um exemplo muito pertinente:
Se conduzirmos a 80 km/h numa estrada teremos um determinado número de fatalidades, mas se aumentarmos a velocidade para cerca de 100 km/h o número de fatalidades irá aumentar. A questão aqui é saber qual o número de fatalidades que a sociedade está disposta a permitir que ocorram. Ao nível dos campos electromagnéticos, a exposição a este tipo de radiação irá ter consequências biológicas levando a que parte da população acabe por não resistir, e o que nós temos de fazer como sociedade é determinar qual o nível de segurança que deverá ser adequado face à ameaça existente. A decisão científica é clara, os padrões de segurança actualmente existentes têm de ser revistos e têm de ser redefinidos, o que resta para defesa dos cidadãos é uma decisão politica que tem de ser tomada.
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