Já aqui tinha sido abordado o desaconselhamento de grávidas e crianças usarem os telemóveis. Estudos ignorados por todos aqueles que defendem a proliferação desta poluição electromagnética, mostravam que crianças que usassem o telemóvel em idades precoces ou cujas mães o usassem durante a gravidez, estavam directamente relacionados com influências comportamentais nas crianças.
Foi recententemente publicado mais um estudo, desta vez o maior deste género em crianças e grávidas, tendo sido efectuado na Dinamarca.
O estudo baseou-se na amostra de nascimentos dinamarquesa, incluiu cerca de 100 mil mulheres grávidas entre 1996 e 2002 e cobriu mais de 28 mil crianças que atingiram a idade de 7 anos em Dezembro de 2008.
Os investigadores apontaram que as crianças expostas ao telemóvel antes e depois do nascimento tinham um risco de apresentarem problemas de comportamento 50 por cento superior aos das crianças não expostas.
Os investigadores alertam:
«Mesmo que seja prematuro interpretar estes resultados como tendo um laço de causalidade, receamos que a exposição precoce aos telemóveis possa comportar um risco que, se se comprovar, seria um problema de saúde pública, dada a utilização generalizada desta tecnologia», sintetizam os autores.
O cerco vai-se apertando e em Portugal continuamos a assistir às acções silenciosas da Direcção Geral de Saúde que tem medo de enfrentar o lobi das empresas de comunicações móveis em vez de ter a coragem para apostar na prevenção.
Pelo contrário, as empresas de comunicações móveis continuam a apostar em tarifários cada vez mais agressivos de forma a que crianças e adultos possam falar mais tempo ao telemóvel e verdade seja dita, estas empresas têm feito um trabalho notável, Portugal é dos países na Europa onde as pessoas mais tempo falam ao telemóvel.
Tal como já referi, não temos leis que nos defendam e ninguém está interessado em proteger os cidadãos contra os possíveis efeitos nefastos desta tecnologia. Em vez de apelarem à prudência, preferem que se corra um risco desnecessário. Estou certo que daqui a uns anos este assunto será levado mais a sério, mas até lá, e para mal de todos, teremos de esperar que os incompetentes sejam substituidos por pessoas de valor dispostas a lutar pelos direitos à vida que todos deveriamos ter.
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