A empresa de comunicações móveis Orange removeu uma antena de um prédio após 7 residentes terem sido vitimas do cancro. Três já morreram e quatro continuam a batalhar contra a doenças desde que dois mastros foram instalados no telhado de um bloco de cinco prédios que ficou conhecido como a torre do demónio.
O rácio de casos de cancro nos apartamentos de topo, nos quais cinco dos oito apartamentos foram afectados e onde viviam os três que morreram, é de 20%, ou seja, 10 vezes mais do que a média nacional.
Residentes de uma rua próxima também se queixaram de terríveis dores de cabeça e de outros sintomas.
A empresa Orange só removeu a antena ao fim de cinco anos de pressão por parte dos moradores e das autoridades locias. O outro mastro é da Vodafone que não tenciona removê-lo.
Quando vemos imagens de países subdesenvolvidos como o Rwanda onde não existem direitos humanos que protejam aqueles que em pleno século XXI morrem como a sua vida não tivesse qualquer valor, pergunto-me se seremos assim tão diferentes ao permitir que nós sejamos afectados por esta morte lenta que de uma forma diplomática e politicamente correcta, afecta crianças, adultos e idosos. Como é possível que NINGUÉM faça nada contra os interesses econónimos destas empresas?
4 comentários:
Será possível que no nosso país ainda não tenha aparecido ninguém com responsabilidade na área das regulações, certificações ou até mesmo a tão temida ASAE, que deite a mão a este abuso? A instalação de antenas multiplica-se a nivel nacional sem que as autoridades competentes informem convenientemente as populações sobre os malefícios que este tipo de radiações provocam aos humanos.
Não me parece uma opinião muito fundamentada, porque sempre ouvi dizer que não há provas de que as radiações das antenas provoquem cancro. Em que estudos baseou a sua opinão?
Este artigo diz respeito a uma noticia de um jornal britânico. Actualmente este é um problema que não é encarado como tal, como há 50 anos atrás o tabaco e o amianto não eram reconhecidos como perigosos.
Esta notícia foca um problema já levantado por muita gente, os riscos da exposição a longo prazo. A antena aqui em causa foi instalada em 1994, ou seja há 14 anos.
Existem vários artigos publicados neste blog que se baseiam nos riscos associados à exposição a longo prazo e aos riscos provocados por efeitos não térmicos.
Recentemente coloquei um artigo referente a um comité Russo com critérios de avaliação muito diferentes do usados pelo comité europeu ICNIRP em que Portugal se baseia.
Acredito que com o tempo, os riscos reais destas antenas serão reconhecidos. O grande problema são os interesses das grandes empresas que exploram estes sectores. Aconteceu o mesmo com outras tecnologias, como o carro eléctrico que desde os anos 90 já esteve disponível para ser comercializado em grande escala e os lobis das empresas de petróleo levaram-no praticamente à extinção, até surgir agora novamente.
Foi feito o maior estudo de impacto dos telemóveis dos telemóveis na saúde pública e apesar deste ter sido o estudo mais caro, superior a 15 milhões de dólares e a envolver 13 países, foi concluido em 2005 e os seus resultados ainda não foram publicados.
Perante todo este jogo de interesses que distorce a verdade dos factos, o mais sensato é a prudência e o bom senso que não está presente em muitas das antenas instaladas neste país.
Posso começar por aconselhar o Sr. Anónimo a dar uma olhadela num artigo publicado por uma cientista Americana B.Blake Levitt, ex jornalista do New York Times, que publicou um guia do consumidor para as questões sobre a forma como nos protegermos dos campos magnéticos, com o qual foi galardoada com um prémio da American Medical Writers Association.
Também posso recomendar uma consulta mais aprofunda aos artigos publicados neste blog, que penso o farão mudar um pouco de opinião, senão mesmo passar a manter-se um pouco mais afastado das antenas de telemóveis.
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