terça-feira, 31 de março de 2009

Antenas Telemóvel - Escola EB 2.3 , Dr. Joaquim de Barros - Paço d'Arcos



Esta semana passava eu em Paço d'Arcos quando reparei numa nova antena de Telemóvel num prédio mesmo junto a uma escola. “Esta gente nem as crianças poupa”, pensava eu. Contudo, quando olhei para a escola do outro lado da estrada, simplesmente não podia acreditar no que via, não uma, nem duas, mas sim TRÊS antenas de telemóvel montadas dentro da Escola Básica do 2º e 3º ciclo, Dr. Joaquim de Barros em Paço d'Arcos.
Como é possível que alguém seja negligente o suficiente para autorizar tamanha barbaridade, será que não gostam das crianças?
Depois de tudo o que se tem escrito neste blog, todo este cenário não é mais do que um atendado ao bem estar de todas as crianças, professores e empregados desta escola.
Porquê este risco desnecessário que poderá ter implicações futuras nas suas vidas?

Relembro que Portugal, ao contrário de outros países não reconhece os efeitos não térmicos deste tipo de radiação e não reconhece os efeitos causados por exposição a longo prazo.
Fico chocado por toda esta “brutalidade” acontecer no concelho de Oeiras, onde eu vivo, e que apesar da Câmara Municipal de Oeiras ter feito saber que não pretende ser incomodada com as preocupações daqueles que vivem em exposição permanente às radiações das antenas de telemóvel, não posso de forma alguma ficar indiferente a toda esta situação irrealista que acontece neste concelho. Uma vez mais estamos a falar de crianças que não têm culpa das más decisões daqueles que deveriam por obrigação garantir o seu bem estar.

Para os pais preocupados com a saúde dos seus filhos, aproveito para deixar uma lista dos vários organismos que podem contactar, ou não:
  • Câmara Municipal de Oeiras: Não percam tempo.
  • ANACOM: Quase de certeza que os valores referentes aos campos electromagnéticos que possam vir a ser medidos dentro da escola, respeitam os limites de segurança praticadas em Portugal, o que no mínimo impedem que os nossos filhos sejam cozidos pela radiação. Ou seja, legalmente não estará a ser cometida nenhuma agressão à vida das nossas crianças, o que não significa que seja seguro. Se fosse noutros países, o caso seria diferente.
    Se quiserem arriscar, podem contactar:
    Centro de monitorização e controlo/ fiscalização do espectro - Sul (Barcarena)
    e-mail: monitor.sul@anacom.pt
  • Direcção Geral de Saúde: Apesar de dizerem que as medidas de segurança inéditas em Portugal são suficientes para proteger os seus cidadão, talvez o facto de ser uma escola com crianças, seja motivo para alguma medida que nos surpreenda a todos.
    Contacto:
    dgsaude@dgs.pt
  • Assembleia da República: Ainda não deram resposta, mas possivelmente porque estão demasiado ocupados com a crise.
    Contacto:
    http://www.parlamento.pt/Paginas/Contactos.aspx
  • Se defendem alguma cor política e se votam neles, façam-nos ver as preocupações dos cidadãos.
    Os mails dos partidos políticos estão disponíveis em:
    http://www.parlamento.pt/Paginas/Contactos.aspx
  • Os jornais e revistas necessitam de ser alimentados e quanto mais escandalosa é a notícia, mais fácil a sua publicação.

Por último, existem mais escolas onde os seus filhos podem estudar.

Bio-Initiavite Report - Uma Verdade Inconveniente

O Bio-Initiative Report, tal como já anteriormente referido, é um documento que merece a atenção de todos, uma vez que reúne um conjunto de estudos referentes ao impacto dos campos electromagnéticos na saúde, recomendo vivamente a sua leitura. Alguns dos pontos apresentados são técnicos, mas as primeiras páginas elucidam bastante bem os malefícios deste tipo de radiação e demonstram também que os critérios que Portugal adoptou (baseado nas directrizes do ICNIRP) para protecção dos seus cidadãos são perigosos para todos nós uma vez que não contemplam os efeitos não térmicos desta radiação que estão associados a campos de baixa intensidade e também para a exposição a frequências bastante baixas.

Os resultados destes estudos são preocupantes, apenas um breve resumo do que podem econtrar neste estudo:

Legenda referente aos seguintes termos:
  • ELF: significa Frequências Extremante Baixas (Extreme Low Frequencies), associada aos campos electromagnéticos provenientes dos cabos de alta tensão.
  • RF: significa Rádio frequências (Radio Frequencies), associada aos campos electromagnéticos provenientes das antenas base de telemóvel e dos próprios telemóveis.

  • Existem poucas dúvidas de que a exposição às ELF causa leucemia infantil.As crianças com leucemia que estejam a recuperar em locais com uma exposição entre 1mG e 2mG apresentam taxas de sobrevivência muito pobres com uma taxa de mortalidade de 280% superior ao de crianças com leucemia expostas a 1mG. O ICNIRP defende os 1000mG como limite máximo de segurança (Págs. 8 e 9).
  • Para as mulheres, as ELF são um factor de risco para o aparecimento do cancro na mama quando expostas num período de longa duração a campos de 10mG ou superiores. Este é mais um ponto que foca que os actuais limites de segurança de 933 a 1000mG são simplesmente perigosos (Pág. 11, 12 e 13).
  • Alzhaimer é uma doença do sistema nervoso. Existem fortes evidências que a longa exposição às ELF representam um factor de risco para a doença de Alzheimer. Existem poucas dúvidas de que os campo electromagnéticos emitidos pelos telemóveis e pela utilização dos telemóveis, afectam a actividade eléctrica do cérebro.
  • As consequências de exposições prolongadas para as crianças, cujo sistema nervoso continua em desenvolvimento até ao fim da adolescência, são desconhecidas até ao momento. Isto pode levar a implicações para a saúde em adultos e implicações funcionais na sociedade caso os jovens vivam expostos às ELF e RF durante anos, resultando numa diminuição na capacidade de raciocínio, de juízo, memória, aprendizagem e controlo do comportamento.
  • Os efeitos derivados da longa exposição a tecnologias sem fios, incluindo emissões dos telemóveis e outros equipamentos pessoais, e de toda a exposição do corpo a transmissões RF provenientes das torres de telemóveis e das antenas não são ainda conhecidos com certezas absolutas. Contudo, o conjunto de evidências até agora constatados, sugerem que os bio-efeitos e os impactos na saúde podem e ocorrem a níveis de exposição baixos: níveis que podem ser milhares de vezes inferiores aos limites de segurança existentes para o público em geral (Págs 13, 14 e 15).
  • Tanto as ELF como as RF podem danificar o DNA dependendo de certas condições de exposição, incluindo níveis de exposição que são inferiores aos actuais limites de segurança (Págs. 15, 16 e 17).
  • Campos muito baixos de exposições às ELF e RF podem levar as células a produzir proteínas de stress (as proteinas de stress são produzidas pelas células como resposta ao ataque proveniente de toxinas ambientias ou outras condições adversas), significando que as células reconhecem as exposições às ELF e RF como prejudiciais. Esta é mais um importante argumento que levou os cientistas a documentarem as exposições às ELF e RF podem ser prejudiciais à saúde, e isto ocorre a níveis muito inferiores aos actuais limites de segurança (Pág.17).
  • Existem fortes evidências de que as exposições às ELF e RF podem originar reacções inflamatórias, reacções alérgicas e podem levar à diminuição no sistema imunológico mesmo em níveis permitidos pelos actuais limites de segurança (Págs. 18 e 19).

De facto é difícil compreender como é que alguém nos pode dizer que as medidas de segurança existentes são suficientes (esta foi a resposta que tivemos da Direcção Geral de Saúde).
Todos nós estamos diariamente expostos a campos electromagnéticos provenientes de várias fontes, não só das antenas de telemóveis. Mas o grande problema, aqui digo mais uma vez, é que quando chegamos a nossa casa, o nosso corpo não passa para um meio sem radiação, ou seja, o nosso corpo vai continuar a ser exposto aos campos electromagnéticos provenientes das antenas de telemóvel (ou cabos de alta tensão, que não abiordo neste blog) que temos nas redondezas porque emitem 24 horas por dia durante todos os dias do ano, ou seja, mesmo enquanto dormimos. O mais grave é que os nossos filhos iniciam todo este processo de exposição desde muito cedo.
Autorizar a instalação de antenas de telemóvel não é mais do que privar o nosso organismo de repouso, levando-nos à doenças e à perda de qualidade de vida.
Lembrem-se disso quando as operadoras de telemóveis vos mostrarem uns documentos coloridos a dizer que as antenas não fazem mal à saúde.

Deixo aqui uma frase retirada do Bio-Initiative Report e que todos deverão ter presente especialmente quando ouvimos alguém dizer para não nos preocuparmos que tudo isto é mais do que seguro:

“Poderá não haver um limite mínimo em que a exposição não seja perigosa para a nossa saúde. Daquilo que nós sabemos, se houver um limite mínimo a partir do qual não ocorram bio-efeitos ou efeitos adversos para a saúde, não é inteligente numa perspectiva de saúde pública, continuar com o mesmo tipo de negócio que sempre existiu, colocando no mercado novas tecnologias que aumentem as exposições às ELF e RF, especialmente as exposições involuntárias.”

terça-feira, 24 de março de 2009

Viver perto de Antenas de Telemóvel – história na primeira Pessoa

No dia 8 e 9 de Setembro de 2008, ocorreu um debate em Londres sobre “Campos electromagnéticos e saúde – uma preocupação global”, organizado pela “Radiation Research Trust” (RRT).
No debate estiveram presentes oradores provenientes do ICNIRP, WHO, Russian National Committee on Non-Ionizing Radiation Protection, entre outros.
A eles juntaram-se cientistas, políticos, advogados e cidadãos preocupados, cada um deles apresentando diferentes pontos de vista para encorajar discussão sobre os riscos associados à saúde.

Uma das oradoras foi Eileen O'Connor's que relatou a sua história pessoal:
Em 2001, com 38 anos e no auge da sua carreira, foi ao médico com a pele cheia de pequenas borbulhas e com um nódulo no peito. O nódulo foi removido em 13 de Novembro e dia 20 de Novembro confirmaram-lhe que tinha cancro na mama. Passou seis meses em quimioterapia, radioterapia, cirurgia reconstrutiva e cinco anos a tomar Tamosifen (medicamento). Durante um longo período teve de fazer mamografias, scans ultrasónicos e outros exames para ir avaliando os progressos.

A quimioterapia foi muito difícil porque ela tinha um sistema imunitário muito fraco, mesmo antes de começar o tratamento. A única forma de aguentar a quimioterapia foi através de injecções para aumentarem os glóbulos brancos. Contudo, por três ocasiões ela saiu do local onde morava para uma área sem radiação e para sua surpresa, o número de glóbulos brancos aumentou permitindo-lhe fazer a quimioterapia sem a necessidade de injecções para aumentar o sistema imunitário.
De salientar que no local onde ela vivia, muitas pessoas sofriam de falta de glóbulos brancos no sangue.

Quando ela começou a encontrar vizinhos seus no hospital, começou a suspeitar que a sua doença poderia ter uma causa ambiental.
Eileen juntamente com uma vizinha, decidiram fazer um inquérito sobre os problemas de saúde na sua zona e acabaram por criar uma lista de doenças:
  • 5 mulheres com cancro da mama
  • 1 caso de cancro da prostata
  • 1 caso de leucemia
  • 1 caso de cancro do pulmão
  • 3 casos de cancro da cervical
  • 1 caso de doença neurológica motora aos 51 anos, com cancro na coluna
  • várias pessoas que desenvolveram tumores benignos
  • Electro-Sensibilidade
  • 3 casos de erupções na pele graves
  • muitos habitantes com insónias, dores de cabeça, vertigens e baixo sistema imunitário
  • Cavalo com problemas de sangue.
Eillen viveu durante 7 anos junto a uma antena da T-Mobile que ficava a 100 metros de sua casa. O Mastro estava próximo das casas das pessoas que foram afectadas pela lista de doenças.

As entidades reguladores foram ao local fazer medições e detectaram valores abaixo dos limites impostos pelo ICNIRP.

Eileen afirmou aquilo que muitos defendem “Agora percebo que os limites existentes apenas impedem que o nosso corpo seja cozinhado pela radiação”.

No dia 5 de Novembro de 2003 o Mastro foi derrubado numa forma de vandalismo sem que ninguém soubesse dos autores de tal proeza.

O acontecimento teve cobertura noticiosa por estações de televisão e praticamente todos os jornais de Inglaterra (basta irem ao Google e pesquisarem por: Wishaw phone Mast).
As pessoas fizeram vigias 24 horas / 7dias da semana para garantir que o Mastro não era novamente activado.

Depois de uma cuidadosa pesquisa científica , o Físico Dr. John Walker confirma que após 6 meses de exposição a antenas de Telemóvel, as pessoas poderão ter o sistema de imunitário reduzido em 90%, muitas sofrendo de dores de cabeça, irritação na pele com erupções ou borbulhas, perdas de memória e talvez electro-hipersensibilidade. Após 5 anos anos, os caso de cancro aumentam.
Ele visitou vários sites e encontrou padrões significativos que indicam um aumento dos números de cancro em redor das antenas de telemóvel.

A acção de remoção da antena de telemóvel, apesar de ter ocorrido através de vandalismo, serviu para provar que após o seu desaparecimento, verificaram-se mudanças na população de Wishaw :
Muitos dos habitantes reportaram um sentimento de bem estar, através do melhoramento dos padrões de sono e aumento dos níveis de energia. Pequenas coisas como dores de cabeça e sintomas de vertigens, simplesmente desapareceram. Houve uma explosão de nascimentos na vila. As pessoas adquiriram qualidade de vida.

Eileen O'Connor's criou um site onde ajuda outras pessoas a inteirarem-se do problema (http://www.scram.uk.com/)

Uns alunos da "University of Central England" fizeram um pequeno filme, sobre este acontecimento:


Já existem provas científicas suficientes que demonstram que esta tecnologia não é segura. Como é que podemos aceitar que a nossa vida seja posta em causa através de tecnologia que não está devidamente testada?

terça-feira, 17 de março de 2009

Viver debaixo ou em redor de antenas de Telemóvel aumenta os problemas neurológicos

Um estudo cientifico publicado num jornal de Neurotoxicologia conlui que as pessoas que moram nas proximidades de antenas de telemóveis correm o risco de desenvolver problemas neurofisiátricos e alterações nas funções neurológicas.

O estudo envolveu 2 grupos de pessoas, os habitantes de um prédio onde estavam montadas 3 antenas de telemóvel no telhado e os funcionários de uma empresa situada a 10 metros no lado oposto às antenas. O grupo de controlo para comparação dos resultados estava situado a 2 Km das antenas.

Os resultados do estudo indicaram que as pessoas que vivem junto das antenas de telemóveis apresentam uma maior probabilidade de desenvolver problemas neurológicos quando comparadas com pessoas que vivem longe das antenas.
Os resultados dos testes são apresentados em percentagem de pessoas afectadas, sendo visivel um aumento no grupo de pessoas expostas às antenas de telemóvel:


Para aqueles que pensam que estão seguros ao optarem por viver debaixo de uma antena de Telemóvel em comparação com os que são forçados a viver nas imediações destas antenas, desenganem-se, o mal chega para todos e ninguém está seguro.




O mais grave deste estudo é que os campos electromagnéticos medidos estavam muito abaixo dos limites impostos por lei (no país onde foi feito o estudo, em Portugal o máximo é de 450uw/cm2), os valores eram inferiores a 8uw/cm2. Na Rua adjacente à Avenida Brasília em Oeiras foram medidos valores de 50uw/cm2 a cerca de 70m da antena mais próxima.
Por outro lado, o grupo de pessoas que habitava debaixo das antenas, apenas estava exposto 8 horas por dia, em comparação com as 15 horas de exposição diárias do grupo no edifício que estava no lado oposto às antenas (ou seja, cerca do dobro das horas de exposição). Num cenário real, quem vive num prédio com uma antena no telhado está exposto mais do que 8 horas por dia.
Por último, a idade das pessoas que participaram neste estudo, situava-se entre os 23 e os 52 anos, o que significa que todos eram adultos e não havia crianças envolvidas.
Se estes foram os resultados obtidos com adultos, o que esperar de crianças e bebés cujos cérebros se encontram ainda em desenvolvimento?

Antes de aceitar a instalação de uma antena no seu prédio, pense em si e nos outros. Ainda há muito por descobrir e a medida mais prudente é rejeitarmos viver debaixo de uma antena ou próximo dela.
 
As mensagens colocadas na secção reservada aos comentários são da responsabilidade única e exclusiva dos seus autores

Localização das três antenas

Pode navegar no mapa e clicar nos símbolos

View Larger Map
Problemas com o Internet Explorer

Galeria de Fotos

____________________________________________________________
Se mora junto de um prédio recheado de antenas ou se a antena instalada está a uma curta distância da sua casa ou perto do nível da sua habitação, ou se os elementos da antena estão virados para o chão ou para a sua habitação, então poderá documentar essa situação nesta galeria. Envie as fotos para o mail deste blog.
Na fotografia enquadre o seu prédio ou habitação com a antena se possível, o objectivo é criar uma galeria de fotos com antenas instaladas em locais que demonstrem falta de bom senso de quem as instala e autoriza.
Pode ver o slideshow ou seleccionar na zona inferior a foto pretendida.Ao clicar numa foto pode ver o descritivo associado.

Envie a sua foto para o mail deste blog

Questionário sobre Telemóveis e suas antenas