domingo, 8 de novembro de 2009

Estudo - Radiação dos Telemóveis enfraquece os ossos

De acordo com um novo estudo publicado, os homens que usam o telemóvel à cintura ao longo de vários anos, podem vir a ter uma diminuição da densidade óssea na zona pélvica.

Muitos estudos já identificaram que a utilização de telemóveis a longo prazo, expõe as pessoas a níveis de energia que são suficientes para causar problemas de saúde como tumores cerebrais e problemas de comportamento nas crianças. Este estudo se bem que ainda precoce, levanta mais uma possível consequência associada à utilização dos telemóveis, neste caso ao seu transporte.

O estudo foi efectuado na Turquia, por investigadores que examinaram a densidade óssea da zona pélvica superior de 150 homens que transportaram o telemóvel à cintura numa média de 15 horas por dia, durante 6 anos.
A densidade óssea foi comparada entre o lado onde transportavam o telemóvel e o lado oposto. O estudo demonstrou uma ligeira redução na densidade óssea na zona onde o telemóvel era transportado. Apesar da diferença detectada não ser muito significativa, os investigadores apontam para o facto dos homens ainda serem jovens e que para um período de tempo mais alargado esta diminuição de densidade óssea tornar-se-á mais evidente. O estudo foi publicado no “Journal of Craniofacial Surgery”.


Das várias conclusões que podemos tirar deste artigo é o grande desconhecimento que existe nas implicações que um telemóvel pode ter na nossa saúde, mas acima de tudo, que a prevenção é a atitude mais inteligente a adoptar quando existem dúvidas quanto à segurança de qualquer produto ou tecnologia.
Com os telemóveis é possível adoptar um conjunto de regras que minimizem os riscos para a saúde. No caso do transporte, o facto das mulheres usarem por natureza uma mala onde transportam os seus objectos pessoais, coloca-as fora do grupo de risco que transporta o telemóvel junto ao corpo, como no caso dos homens.
Se fizermos um paralelismo com as antenas de telemóvel, rapidamente nos apercebemos que os riscos que estão associados a estas antenas, ao contrário dos telemóveis, não nos permitem adoptar qualquer medida de prevenção.
A única medida de precaução ou prevenção era não permitir que estas antenas tivessem sido instaladas tão próximos de outras habitações. A outra medida que nos resta é simplesmente mudarmos de casas sem a garantia que o mesmo não volte a acontecer para onde quer que vamos.
Esta falta de consciência ou desprezo pela vida humana, leva a que famílias como a minha vivam como perfeitas cobaias junto destas antenas.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Casos na primeira pessoa - Viver debaixo de uma antena


Antonio Gómez é um lutador nato, desde 2004 que nem as operadoras nem o cancro do cólon lhe retiraram as energias para denunciar os perigos das comunicações móveis, as antenas e o denominado “triangulo de la muerte”, de Mósteles (Espanha).
Ele conseguiu sentar no banco de acusação as operadoras, o Município da sua localidade e os presidentes das várias comunidades do Bairro, por entre outros delitos, “danos à saúde e à segurança colectiva, actividade clandestina, emissão prejudicial ao meio ambiente, homicídio e lesões por falta de precaução”.


Em 2007 apoiou a retirada de uma antena da Vodafone pertencente ao “Triangulo de la Muerte” de Móstoles. Os vizinhos já tinham colocado este caso em tribunal após o aparecimentos de 12 casos de cancro em habitantes do edifício onde a antena se encontrava instalada, dos quais 5 faleceram. No entanto, esta antena só foi removida após a finalização do contrato com a comunidade de proprietários.

Antonio Gómez acabou por ter de recorrer ao Tribunal dos Direitos Humanos de Estrasburgo que aceitou a sua denúncia. Acabou por ter de recorrer a esta instância europeia dado que no seu país nem o Defensor do Cidadão, nem a entidade fiscalizadora, nem a Audiência Providencial de Madrid, nem o Tribunal Constitucional, nem o Presidente do Governo, nem o Rei, .., nem nada com o poder de decisão aceitou tomar qualquer acção contra a denúncia de tantos casos de cancro e morte em redor destas antenas.

Este actor veterano de 60 anos, descobriu que tinha cancro no cólon em 2004 e desde então descobriu que para além da antena que tinha no telhado, existiam outras 2 antenas numa área com menos de 500m2 que ficou apelidado de “Triángulo de la Muerte” após terem sido detectados mais de 100 casos de cancro e 42 mortes.


sábado, 24 de outubro de 2009

WiredChild – Proteger as nossas crianças da tecnologia Wireless

Mais uma boa iniciativa para prevenção contra os perigos associados às tecnologias Wireless, o site WiredChild está bem estruturado, disponibilizando informações que nos enquadram quanto ao risco para a saúde associado à radiação electromagnética proveniente das tecnologias de comunicações sem fios.
Este site está orientado para:
  •  Pais das crianças – recomendando um conjunto de regras de segurança a seguir para minimizar ou eliminar os riscos de exposição das crianças a este tipo de tecnologia.
  • Escolas – alertando para os perigos provenientes das redes Wi-fi instaladas assim como dos acessos wi-fi dos computadores portáteis, às quais alunos e professores estão sujeitos.
  • Crianças – recomendando medidas de segurança para as próprias crianças na utilização dos telemóveis.
Este site dispõe de muita informação de carácter científico que serve de suporte aos muitos alertas dirigidos aos pais, jovens e escolas. É também apresentado o lado mais negro ao ser evidenciada uma análise de tendências relativamente aos casos de cancro verificados no Reino Unido:
  • O aumento de casos de cancros especialmente ente as camadas mais jovens. 
  • Os casos de cancro no cérebro e espinal medula, praticamente duplicaram nos últimos 25 anos na faixa infantil. 
  • Os casos de cancro no cérebro provocam mais mortes entre  crianças e adultos com  menos de 40 anos, quando comparados com qualquer outro tipo de cancro.
 

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Prevenção Rodoviária - Se conduzir não use o telemóvel

Já aqui mencionamos várias vezes que uma das medidas de prevenção para nos protegermos da radiação dos telemóveis é simplesmente não os usarmos quando estamos dentro de locais onde haja pouca rede, isto porque o telemóvel tenderá a usar o máximo de potência de transmissão para contactar a antena de telemóvel mais próxima e logicamente que o índice de radiação a que ficaremos expostos será muito maior.
O carro é o exemplo de um destes locais cuja construção acaba por isolar o seu interior criando condições de fraca cobertura da rede móvel.
A medida de prevenção acima descrita aplica-se a todos os ocupantes do veículo, mesmo para os que não estão a conduzir.

A outra situação, até agora reconhecida como única implicação do telemóvel na saúde dentro dos veículos, é o perigo de distracção por parte do condutor quando tem de usar o telemóvel. Ao contrário da exposição à radiação do telemóvel cujas consequências não têm um efeito imediato, a distracção provocada por um telemóvel pode dar origem a um acidente que terá efeitos imediatos na vida daqueles que viajam no próprio veículo e nas restantes pessoas que possam ser envolvidas no acidente.
Numa iniciativa de convencer os jovens a não usarem o telemóvel enquanto conduzem, especialmente a absterem-se por completo ao envio de mensagens que é identificado como um comportamento de risco na medida em que o condutor é forçado a desviar os olhos da estrada, o governo do Reino Unido teve a audácia de criar um vídeo chocante de forma a despertar a atenção dos jovens que são a camada mais propícia a este comportamento negligente. O conteúdo do vídeo pode ser impressionante para alguns mas a mensagem é clara:
“A utilização de um telemóvel durante a condução pode ser fatal para si e para os outros”.


segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Dr. Martin Blank – Campos Electromagnéticos e os riscos para a saúde

Numa conferência de Imprensa ocorrida a 27 de Maio de 2009 em Toronto, o Dr. Martin Blank da Universidade da Colômbia mostra-nos o impacto na saúde dos campos electromagnéticos na perspectiva da Ciência.
Nesta conferência é abordado um tema interessante relativamente aos resultados dos vários estudos que são financiados pelas empresas de comunicações móveis. É incrível que estas empresas consigam que cerca de 68% dos estudos sejam apresentados como negativos quanto aos malefícios para a saúde, quando comparados com os resultados de empresas independentes que concluem que 70% dos estudos efectuados apresentam malefícios para a saúde.
Com valores tão dispares, só podemos suspeitar que sempre que as empresas de comunicações entram nestes estudos, os seus resultados são no mínimo suspeitos.

Outro dos temas abordados refere uma vez mais a enorme discrepância entre os valores limite praticados e o valor recomendado como seguro na exposição a campos electromagnéticos. Em Portugal o valor máximo permitido é de 450 uw/cm2 quando comparado com um valor de segurança recomendado que é de 0.1 uw/cm2, estamos a falar de um valor 4500 vezes inferior!!
Tudo isto porque as pessoas teimam em desprezar os efeitos não térmicos deste tipo de Tecnologia e apenas consideram os efeitos térmicos que estão associados a níveis de radiação electromagnética mais elevados.

Toda esta disparidade entre o que as empresas de comunicações móveis dizem sobre a segurança deste tipo de tecnologia e sobre os valores de segurança que são praticados face ao que é recomendado, apenas nos pode levar a concluir que algo de muito errado se esconde por detrás de tudo isto.
Uma vez mais fica o apelo à Prevenção e à Prudência que em Portugal apesar de alguns dizerem que existe, é simplesmente invisível e ninguém tem a coragem de abordar este tema com a seriedade necessária para que seja assumida uma postura de protecção aos cidadãos. As pessoas têm de saber que estão a correr riscos e têm de se sentir protegidas.

O Dr. Martin Blank deixa um exemplo muito pertinente:
Se conduzirmos a 80 km/h numa estrada teremos um determinado número de fatalidades, mas se aumentarmos a velocidade para cerca de 100 km/h o número de fatalidades irá aumentar. A questão aqui é saber qual o número de fatalidades que a sociedade está disposta a permitir que ocorram. Ao nível dos campos electromagnéticos, a exposição a este tipo de radiação irá ter consequências biológicas levando a que parte da população acabe por não resistir, e o que nós temos de fazer como sociedade é determinar qual o nível de segurança que deverá ser adequado face à ameaça existente. A decisão científica é clara, os padrões de segurança actualmente existentes têm de ser revistos e têm de ser redefinidos, o que resta para defesa dos cidadãos é uma decisão politica que tem de ser tomada.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Telemóveis e Tumores Cerebrais: 15 razões para preocupação

Recentemente foi divulgado mais um estudo "Cellphones and Brain Tumors: 15 Reasons for Concern, Science, Spin and the Truth Behind Interphone" publicado pelo International EMF Colaborative.
Os grupos que participaram neste estudo incluem PowerWatch, EM Radiation Research Trust do Reino Unido, EMR Policy Institute, ElectromagneticHealth.org e The Peoples Initiative Foundation dos Estados Unidos. Alguns dos documentos que foram facultados pelo estudo Interphone foram igualmente usados.
O estudo teve por base a pesquisa do relacionamento dos telemóveis com os tumores cerebrais e concluiu que:
  • Existe um risco de tumor cerebral proveniente da utilização do telemóvel
  • As empresas de Telecomunicações financiaram estudos que desvalorizaram o risco de tumores cerebrais
  • As crianças têm um risco superior para desenvolver tumores cerebrais, quando comparadas com os adultos.
Consultar o Estudo

O seu conteúdo é preocupante na medida em que actualmente o telemóvel faz parte da vida de 4 biliões de pessoas em todo o mundo e os grandes prejudicados são as crianças uma vez que apresentam um risco maior de vir a desenvolver tumores cerebrais.
Um dos autores do estudo, Lloyd Morgan, encontrou aumentos significativos do risco de cancro no cérebro após 10 anos ou mais de utilização de telemóveis ou telefones sem fios. Das muitas conclusões deste cientista podem ler-se:
  • Por cada 100 horas de utilização do telemóvel, o risco de tumor cerebral aumenta em 5%
  • Por cada ano de utilização do telemóvel, o risco de tumor cerebral aumenta em 8%
  • Após 10 anos ou mais de utilização do telemóvel, o risco de tumor cerebral aumenta em 280%
  • Para os utilizadores de telemóveis que eram crianças quando começaram a usar telemóveis, existe um risco de 420% de virem a desenvolver um tumor cerebral.

Recomendo que leiam este estudo, que está numa linguagem acessível e que merece a reflexão de todos, especialmente dos pais e entidades cuja obrigação é protegerem as nossas crianças.

Na introdução do estudo estão publicadas algumas citações das quais fiz questão de traduzir duas delas:

“Hoje, mais do que nunca, a ciência detém a chave para a nossa sobrevivência como planeta e a nossa segurança e prosperidade como nação. Mais uma vez, está na altura de colocarmos a ciência no topo da nossa agenda e trabalhar para devolver à América a posição de líder mundial em Ciência e Tecnologia. Temos de ouvir o que os cientistas têm para dizer, mesmo quando é inconveniente - especialmente quando é inconveniente”
Presidente Barack Obama


O Princípio da Precaução
“O princípio da precaução é aplicado quando as evidências cientificas são insuficientes, inconclusivas ou incertas e a avaliação científica preliminar indica que existem fundamentos razoáveis para preocupação de que os efeitos potencialmente perigosos para o ambiente, para o homem, animais ou saúde do planeta podem ser inconsistentes com o nível de segurança mais elevado adoptado”
European Commission Communication on the Precautionary Principle 2nd February 2000

Era bom que a DGS e os partidos políticos olhassem para estes estudos e que no mínimo adoptassem o Princípio da Precaução tomando medidas públicas que protegessem os seus cidadãos.

sábado, 19 de setembro de 2009

Os mastros com Antenas de Telémóvel e a sua Saúde – por Drª Magda Havis

A Drª Magda Havis é toxicologista ambiental, professora associada do Environmental & Resource Studies na Universidade de Trent, onde ensina e efectua pesquisas sobre os efeitos biológicos de contaminantes ambientais. A sua pesquisa está relacionada com o estudo de energia electromagnética não ionizante para frequência muito baixas (60Hz) e para gamas de radio frequências usadas nas telecomunicações wireless. Tem vários estudos publicados e participou em várias conferências sobre o impacto das comunicações sem fios nas nossas vidas.
Ela está particularmente interessada em monitorar a exposição da população nos centros urbanos à radiação das radio-frequências e campos electromagnéticos.
O conteúdo da sua conferência não deixa de ser perturbador para todos aqueles que são vitimas dentro de suas casas.

Apesar desta conferência ter 1 hora, o seu conteúdo é muito rico e foi suficiente para me deixar chocado com um conjunto de factos que ninguém comenta.

Alguns dos aspectos levantados na sua conferencia sobre exposição a campos electromagnéticos provenientes de várias fontes:
  • As antenas de telemóvel colocadas junto das habitações poderão interferir com alguns contadores de energia, levando a que houvesse pessoas nos Estados Unidos a pagar o dobro de electricidade depois de instalarem uma antena de telemóvel perto de suas casas.
  • Algumas lâmpadas economizadores de energia possuem elevados níveis de mercúrio, o que podem ser um problema caso se partam, mas são igualmente uma fonte radiação electromagnética e luz ultravioleta.
  • Os efeitos de refracção dentro de casa pode levar a que as pessoas sejam atingidas por radiação electromagnética emitida por uma antenas, que entre por uma janela e seja reflectida num armário por exemplo
  • Outro relato perturbante tem por base uma medição feita dentro de uma casa perto de uma antena e as medições identificaram que a radiação estava na cabelagem eléctrica da própria casa e objectos como candeeiros funcionavam como antenas
  • Relacionamento das antenas com aumentos de casos de cancro, em especial leucemia
  • 35% da população pode estar a sofrer de Electro-hipersensibilidade enquanto 35% a 50% poderá não ser afectada
  • As medidas de seguranças de exposição a campos electromagnéticos não fazem sentido uma vez que não nos protegem contra os efeitos não térmicos da radiação.
  • As partes mais sensíveis do corpo na exposição aos efeitos não térmicos são os olhos e os testículos.



Outros links para conferências da Drª Magda Havis:

Segundo a Drª Havis não é possível esconder por mais tempo os efeitos nefastos que esta tecnologia pode ter nas pessoas e a solução para vivermos numa comunidade saudável, passa pelas seguintes medidas:
  • Temos de reconhecer os efeitos nefastos para a saúde resultantes da exposição aos campos electromagnéticos. Não podemos assumir que estamos seguros, apenas porque as actuais recomendações de segurança estão a ser seguidas, ou seja, o facto da lei ser respeitada não é sinónimo de segurança.
  • Necessário efectuar medições para monitorar as radiações nas habitações junto de antenas de telemóveis
  • Proibir as antenas de serem instaladas a distâncias inferiores a 400 metros das habitações mais próximas.
  • Criar zonas livres de microondas em escolas, bibliotecas e outros locais sensíveis
A Drª Havis conclue a sua conferência com uma frase para reflexão:
“A liberdade não pode existir se não houver um conhecimento generalizado entre as pessoas.
Se não soubermos, não podemos agir, mas a partir do momento que o conhecimento existe, passamos a ter uma opção, ou actuamos ou não actuamos”


O que está visível com estas 3 antenas instaladas em Oeiras de forma tão negligente junto das habitações, é que a opção foi meramente não actuar, não tomar medidas de precaução e não proteger as inúmeras famílias que vivem em redor destas antenas.


terça-feira, 15 de setembro de 2009

Solários – Mais um triste caso para a história

Em Julho de 2009, foi noticiado que especialistas de oncologia colocaram os solários e outras fontes de radiação ultravioleta no topo das categorias de risco de cancro, considerando-os tão mortais como o arsénico ou gás mostarda.
Uma mulher que tivesse feito uma sessão de solário por semana teria 55% mais probabilidades de desenvolver um melanoma quando comparado com pessoas não usaram solários. O mesmo acontece com jovens na casa dos vinte anos, cujo risco de cancro é superior em 150% quando comparado com jovens que não frequentaram solários.

Estes números são simplesmente arrepiantes e será difícil quantificar todos aqueles que morreram ou irão morrer por se ter demorado tanto tempo até que as vozes de unanimidade abafassem por completo todos aqueles que sempre afirmaram que os solários não representavam um risco para a saúde.
Aparentemente os solários tiveram inicio com a descoberta acidental da lampada de ultravioletas em 1903, levando ao aparecimento dos primeiros sistemas de radiação ultravioleta durante os anos 20 e 30.
Aqui fica mais um triste exemplo do tempo que o homem leva até que tome medidas para se proteger a si próprio. Aproveito para publicar o rosto de Clare Oliver que foi uma jovem que dedicou os últimos anos da sua vida em campanhas contra os solários, até morrer em 2007 aos 26 anos vitima de cancro na pele.

Logicamente que não posso deixar de comparar mais um episódio negro da nossa história, com o do impacto dos campos electromagnéticos na nossa saúde.
Uma vez mais somos confrontados com estudos e recomendações para minimizarmos o risco de exposição e em Portugal não são tomadas medidas que impeçam as famílias de comprometerem as suas vidas ao ficarem à mercê das antenas de telemóvel colocadas de forma IRRESPONSÁVEL junto das habitações.
Se daqui a uns anos houver unanimidade quanto ao perigo destas antenas, tal como houve agora com os solários e como já houve com o tabaco, certamente que ninguém irá assumir qualquer responsabilidade com o facto de muitos de nós termos sido forçados a viver em constante risco dentro de nossas casas. É que ao contrário dos solários, que poderão ter afectado aqueles que os frequentaram, com as antenas não temos qualquer alternativa de fuga, somos simplesmente obrigados a conviver com estas ratoeiras metálicas perto de nossas casas, deixando-nos sem qualquer defesa contra os malefícios para a nossa saúde que daí advenham.
Vivemos numa sociedade onde a nossa saúde pode ser simplesmente comprometida de uma forma politicamente correcta sem que haja culpados ou responsáveis e não tenho dúvidas que está a ser escrito mais um capítulo negro na nossa história.

domingo, 13 de setembro de 2009

Um escândalo chamado Interphone

Com o crescimento do mercado dos telemóveis e a preocupação relativamente ao seu impacto na saúde, foi feito o maior estudo para avaliar o impacto dos telemóveis no aparecimento de vários tipos de cancro, nomeadamente: tumores no nervo auditivo, tumor ao nível do cérebro e medula espinal e tumores nas glândulas salivares.
O Interphone começou no ano 2000, custou mais de 30 milhões de dólares, envolveu mais de 50 cientistas provenientes de 13 países e incidiu sobre 14000 pessoas.
Este estudo foi concluído em 2006 (alguns dizem 2005) e por mais escandaloso que pareça, os seus resultados não foram ainda publicados.
Após a sua conclusão foram agendadas várias datas para a sua publicação, o que nunca veio a acontecer até ao dia de hoje.
Cansados de esperar, alguns dos cientistas envolvidos no estudo acabaram por publicar alguns artigos que davam conta da confirmação de existir uma relação directa entre a utilização do telemóvel e alguns tipos de cancro.
O cientista israelita Siegal Sadetzki, um dos principais investigadores que participou neste estudo, foi o primeiro a afirmar a um jornal "O tempo em que se dizia que este tipo de Tecnologia não causava danos já passou, ela prejudica a saúde".
O Professor Bruce Armstrong, responsável pela participação australiana neste projecto, foi o segundo investigador a demonstrar preocupação na utilização prolongada dos telemóveis e afirmou que as pessoas iriam ficar chocadas com a evidência dos factos.
Entretanto, a controvérsia aumentou quando 9 dos 13 países envolvidos, tornaram público parte dos estudos efectuados originando ainda mais desinformação.
Com o que foi publicado, muitos começaram apontar falhas na forma como foram formados os vários grupos estudados e o tipo de amostragem usado, que poderá ter tido influência nos resultados obtidos.

Independentemente dos resultados que venham a ser publicados, algumas pessoas já decidiram que as descobertas apontadas por este estudo exigem medidas de precaução. O director da Universidade de Pittsburgh Cancer Institute, Robert Herberman, fez as manchetes dos jornais em Julho ao dirigir um memoranto para os 3.000 membros do seu staff, aconselhando-os a tomar medidas urgentes como limitar o uso do telemóvel, não manter o telemóvel perto do corpo durante a noite e evitar usá-lo em locais com fraca qualidade de rede devido ao aumento da potência da transmissão do telemóvel.

Toda esta falta de transparência deveria de ser suficiente para que todos tomassem medidas de precaução na utilização dos telemóveis. Contudo, em vez de se verem medidas de protecção por parte das entidades que deveriam ter competência na defesa dos cidadãos, continuamos a assistir a uma proliferação descontrolada de telemóveis e serviços de rede sem fios sem que ninguém recomende qualquer precaução quanto à sua utilização, mesmo por parte das camadas mais jovens.
Quem sai a ganhar com tudo isto continuam a ser as empresas que aumentam os seus lucros na exploração de serviços que ninguém contesta.
Certamente que tal como a história sempre nos ensinou, o tempo trará a verdade sobre tudo isto, mesmo que seja tardia para todos aqueles que ignoraram o risco.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Queixa aceite no Parlamento Europeu

Tal como referi anteriormente, as várias queixas que apresentei contra estas 3 antenas não me permitiram identificar qual a entidade que assume inteira responsabilidade pelos danos que as mesmas possam vir a causar na nossa saúde.
A falta de iniciativas na abordagem deste problema por parte de todos aqueles que nos deviam proteger, levou-me a apresentar uma queixa contra a forma violenta em que somos obrigados a viver nas próximidades destas antenas que garantem serem seguras, mas que ninguém se responsabiliza, ou seja, estamos por nossa conta e risco sem que ninguém nos proteja.
O Parlamento Europeu tem uma comissão de petições para a qual enviei a minha queixa, que tal como qualquer outra, necessita de passar por diversos formalismos até que seja aceite pela Comissão de Petições.
Depois de ter sido informado que a queixa estava a ser traduzida para várias linguas, fui agora notificado de que foi aceite pela Comissão de Petições, que considerou as questões levantadas em conformidade com o Regulamento do Parlamento Europeu, dado que as mesmas incidem no âmbito das actividades da União Europeia.
A Comissão das Petições deu início à apreciação da minha petição e decidiu solicitar à Comissão Europeia que inicie uma investigação preliminar sobre os diferentes aspectos do problema.

Depois de tanta indiferença e desprezo, é gratificante saber que alguém não ignorou este problema, que não deixa de ser um problema de todos aqueles que são forçados a viver junto de uma antena, de uma forma politicamente correcta. Pena é que este apoio teve de vir de fora de Portugal, porque por cá, ou existem coisas mais importantes a resolver ou simplesmente ninguém quer tomar medidas que possam ser impopulares contra os gigantes das telecomunicações.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

"Kompetenzinitiative", uma Iniciativa Alemã no estudo dos campos electromagnéticos

Esta informação chegou-nos pela amabilidade de Simone Klein:


Um grupo de cientistas e médicos criaram a "Kompetenzinitiative", na Alemanha, denominada como “Competence Initiative for the Protection of Humanity, Environment and Democracy”. Esta associação dedica-se ao estudo do impacto dos campos electromagnética na saúde é e suportada por uma grande base cientifica, como se pode constatar no site pelo plantel que constitui esta Iniciativa para a Competência

O "Kompetenzinitiative" confirma as mesmas conclusões que o Bionitiative Report:
Os interesses económicos e a aplicação de tecnologias precoces, desrespeitam os direitos e a protecção dos cidadãos.

Os seus estudos abrangem o impacto destas tecnologias de comunicação sem fios no homem, mas também nos animais e plantas.
Os documentos publicados estão orientados para comunidades que fazem investigação científica sobre este problema, mas também para a sociedade em geral.
A qualidade dos documentos é muito boa e recomendo o download das publicações que foram traduzidas e estão disponíveis sem qualquer custo:

How susceptible are Genes - Estudo sobre o impacto dos campos electromagnéticos na nossa saúde.

Bees, birds and mankind – Aborda a forma irresponsável como o homem afecta todo o meio ambiente com a proliferação de campos electromagnéticos. O desaparecimento de algumas espécies de pássaros e das abelhas poderão comprometer o nosso futuro.

Aqui fica o registo de mais uma associação que aponta o dedo à forma irresponsável como estas tecnologias estão a crescer por todo o mundo.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Com uma filha com cancro e a lutar contra a instalação de mais uma antena

Mais uma triste história, desta vez na vizinha Espanha e que tem como protagonista um pai que luta contra a instalação de mais uma antena de telemóvel que será instalada a cerca de 20 metros de sua casa. Como se não bastasse a brutalidade deste cenário, este pai tem uma filha de 3 anos a quem lhe foi diagnosticada leucemia. Os próprios médicos adiantam que a criança poderá ter desenvolvido este tipo de cancro devido às diversas antenas que estão nas proximidades da sua habitação e desaconselham a sua exposição à radiação electromagnética destas mesmas antenas.

De salientar que o Bioinitiative Report publicou vários estudos nos quais demonstram que a taxa de mortalidade de crianças com leucemia que vivem mais expostas a campos electromagnéticos é muito superior a crianças com a mesma doença que não estão tão expostas a esse tipo de radiação.
Este pai criou o blog http://antenasno.blogspot.com/ onde estão publicadas algumas acções que foram tomadas, como notícias de jornal, entrevistas para a televisão e manifestações, tudo na tentativa de sensibilizar as pessoas para este problema que nos afecta a todos e em especial as nossas crianças.
Os espanhóis são muito mais activos do que nós na contestação da forma como somos obrigados a viver expostos aos riscos que esta tecnologia pode trazer para a nossa saúde.
Para os que autorizam estas barbaridades, pensem apenas como seria a vossa vida se esta fosse a vossa filha.
Um grande abraço deste blog para este pai determinado.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

A Gripe A e os campos electromagnéticos?

Recentemente recebi um mail muito interessante com um conjunto de medidas para nos precavermos contra a gripe A e que transcrevo na sua integra:

O melhor pode fazer é reforçar o seu sistema imunológico através de uma alimentação correta e saudável, no sentido de manipular sua imunidade, preparando as células brancas do sangue (neutrófilos) e os linfócitos (células T) as células B e células matadoras naturais. Essas células B produzem anticorpos importantes que correm para destruir os invasores estranhos, como vírus, bactérias e células de tumores. As células T controlam inúmeras actividades imunológicas e produzem duas substâncias químicas chamadas Interferon e Interleucina, essenciais ao combate de infecções e de tumores. Bem vamos ao que interessa, ou seja quais são os alimentos importantes (estimulam a acção do sistema imunológico e potencializam seu funcionamento).
  • Antes de mais nada, tome pelo menos um litro e meio de água por dia, pois os vírus vivem melhor em ambientes secos e manter suas vias aéreas húmidas desestimulam os vírus. Não a tome gelada, preferindo sempre água natural e de preferência água mineral de boa qualidade.
  • Não tome leite, principalmente se estiver resfriado ou com sinusite, pois produz muito muco e dificulta a cura.
  • Use e abuse do Iogurte natural, um excelente alimento do sistema imunológico.
  • Coloque bastante cebola na sua alimentação.
  • Use e abuse do alho que é excelente para o seu sistema imunológico.
  • Coloque na sua alimentação alimentos ricos em caroteno (cenoura, damasco seco, beterraba, batata doce cozida, espinafre cru, couve) e alimentos ricos em zinco (fígado de boi e semente de abóbora).
  • Faça uma dieta vegetariana (vegetais e frutas).
  • Coloque na sua alimentação salmão, bacalhau e sardinha, excelentes para o seu sistema imunológico.
  • O cogumelo Shiitake também é um excelente anti-viral, assim como o chá de gengibre que destrói o vírus da gripe.
  • Evite ao máximo alimentos ricos em gordura (deprimem o sistema imunológico), tais como carnes vermelhas e derivados.
  • Evite óleo de milho, de girassol ou de soja que são óleos vegetais poli-insaturados.
Importante: mantenha suas mãos sempre bem limpas e use fio dental para limpar os dentes, antes de os escovar. Com esses cuidados acima e essa alimentação... os vírus nem chegarão perto de você.


Sem dúvida que estas dicas parecem fazer sentido ao tornar o nosso sistema imunitário mais forte, diminuindo o risco de contaminação do nosso organismo.
Contudo, tal como já mencionámos neste blog, a exposição contínua a campos electromagnéticos está igualmente referenciada em vários estudos, incluindo o Bionitiative Report (já aqui abordado), como responsável pelo ENFRAQUECIMENTO do nosso sistema imunitário. Ou seja, podemos fazer um enorme esforço para nos tentarmos manter saudáveis, mas os agentes externos como as antenas de telemóvel junto de nossas casas estarão continuamente a afectar o nosso sistema imunitário, pela negativa.
Aproveito para salientar, tal como já referido em vários artigos deste blog, que as antenas são um problema porque estão permanentemente a emitir radiação electromagnética (24 horas por dia, todos os dias do ano) e nós não as podemos simplesmente desligar, mas existem outras práticas para diminuirmos a nossa exposição a campos electromagnéticos de outras fontes, que também já aqui foram referidas (vejam o artigo de 5 de Abril 2008 "O que nos deveriam informar sobre os telemóveis e como prevenir"):
  • Atenção à utilização do telemóvel, especialmente por crianças, veja neste blog como minimizar a sua exposição
  • Troque o seu telefone sem fios para a rede fixa por um telefone com fio, ou por vários telefones. Os telefones sem fios permitem alcances de cerca de 300 metros, ou seja, para além da sua família, o seu vizinho também é afectado pelo seu telefone.
  • A utilização das redes sem fios para acesso à Internet levam a que quando em nossa casa tentamos detectar a nossa rede wireless, para além da nossa, detectamos mais um conjunto de redes pertencentes aos nossos vizinhos. Em minha casa dispensei o acesso sem fios e passei a usar um cabo de 20 metros para quando vou para outra divisória que não o escritório. Se todos tiverem routers Wireless em casa, vamos continuar expostos à radiação electromagnética destes equipamentos. No mínimo, desligue o seu router Wireless quando não precisar de aceder à Internet e não compre antenas de elevado ganho para o Router porque para melhorar a rede vai expor-se a si e aos outros a campos electromagnéticos mais fortes. Eu sei, é antiquado, mas funciona, a velocidade de comunicação é maior e não estamos expostos a campos electromagnéticos.
  • A maioria dos computadores portáteis já vem com Wi-Fi integrado. Se não usa o acesso sem fios, simplesmente desligue-o. A maioria dos portáteis tem um pequeno botão para desactivar as comunicações sem fios.

Existem outros tipos de equipamento que temos em casa e com os quais devemos ter cuidado sempre que estes sejam ligados, tais como:
  • Microondas: manter uma distância superior a 2 metros
  • Televisão CRT (tipo caixote das antigas): manter uma distância superior a 2 metros, especialmente para as crianças que gostam de se sentar ou deitar em frente à televisão
  • Monitor CRT para computador: troque por um TFT que não tem radiação

Nunca é de mais relembrar, que as crianças de hoje estão a crescer expostas a níveis de radiação muito superiores aos que nós fomos expostos quando tínhamos a idade deles. Esta situação continua a ser negligenciada em vários países, incluindo Portugal. Se nada fizermos, o seu futuro será certamente incerto.

A gripe A não é causada pelos campos electromagnéticos, mas tudo aquilo que interfere com as protecções naturais do organismo de cada um, só pode ser considerado como um agente de risco que deverá ser evitado ou minimizado por todos os que se preocupam com a saúde.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Queixa apresentada no Parlamento Europeu

Em virtude dos vários contactos efectuados com diversas entidades portuguesas não terem de forma alguma esclarecido sobre quem assume inteira responsabilidade pelos danos causados à saúde daqueles que são forçados a viver em exposição permanente às 3 antenas de telemóvel instaladas na Av. Brasília em Oeiras, foi apresentada uma queixa no Parlamento Europeu contra a instalação destas antenas e a falta de bom senso na forma como a instalação das antenas é autorizada em Portugal.

Já recebemos a notificação de que a queixa foi aceite em Bruxelas e que actualmente está a ser traduzida para várias línguas para ser analisada.

É uma tristeza que em Portugal ninguém faça frente a esta vergonha que deita por terra o direito à vida que todos deveríamos ter. Nem a Assembleia da república ou os partidos políticos contactados, manifestaram qualquer interesse por este problema.

Pelos vistos, um português como cidadão nacional pouco pode fazer, espero que como cidadão europeu as notícias sejam outras.


sábado, 27 de junho de 2009

Experiência de qualidade de vida longe das Antenas de Telemóvel

Relato na primeira pessoa de um colaborador deste blog:

Não posso deixar de partilhar a minha experiência de férias uma vez que representa um período da minha vida em que experimentei passar uns dias com a minha família num local cuja antena de telemóvel mais próxima se encontrava a mais de 1 km de distância.
Fiquei espantado com o comportamento que todos tivemos:

  • Dormíamos no quarto à tarde na hora de maior calor, cerca de 2 a 3 horas
  • À noite, apesar de todos termos dormido à tarde, dormíamos mais 10 horas. Tudo isto num local que apesar de ficar junto de uma estrada com algum movimento e barulho, não foi suficiente para nos tirar o sono
  • As refeições eram autênticos banquetes e ninguém se queixou de má digestão ou indisposição
  • Os miúdos não espirravam nem tossiam e assistiu-se a um desenvolvimento bastante visível das capacidades cognitivas da mais pequenina


A nossa casa junto às antenas de Av. Brasília não fica junto de nenhuma estrada movimentada, sendo um local muito sossegado, os nossos colchões são excelentes e mesmo assim não conseguimos de forma alguma uma performance tão boa para o sono.
Voltámos a casa ... as noites mal dormidas voltaram, as alergias voltaram, os miúdos já ficaram doentes e as garrafas de Água das Pedras voltaram a circular pela cozinha.

Toda esta falta de qualidade de vida está referenciada em vários estudos apresentados neste blog onde a exposição permanente aos campos electromagnéticos é responsável por estes e outros efeitos na nossa saúde.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Antenas de Telemóvel retiradas da Escola Básica Dr. Joaquim de Barros em Paço d'Arcos

Foi com espanto que reparei que as 3 antenas de telemóvel que negligentemente tinham sido instaladas na Escola Básica do 2º e 3º ciclo, Dr. Joaquim de Barros em Paço d'Arcos, simplesmente desapareceram.Aparentemente, o bom senso de alguém foi suficiente para levar as empresas da rede móvel a retirar estas 3 antenas que NUNCA deveriam ter sido instaladas num local tão sagrado como aquele onde é suposto que as crianças cresçam e se desenvolvam em segurança.
É bom saber que estas antenas podem ser removidas e sempre que tal acontece, é um motivo de ânimo para todos aqueles que lutam pela sua segurança que se encontra assombrada por estes pesadelos metálicos que alguém decidiu semear bem perto de nós.
Gostava de saber que medidas foram tomadas para remover este triste episódio nesta escola. Se alguém souber, escrevam para este blog ou simplesmente por mail.
Já agora, se tiverem autonomia para continuar com esta cruzada, não se esqueçam que têm uma antena mesmo ao lado da escola na Rua Miguel Pinhanços N.º 9.

sábado, 11 de abril de 2009

Antenas Telemóvel da Av. Brasília junto a lar de idosos

Não são só as escolas, infantários e centros de saúde que são apontados como locais de risco para as antenas de Telemóvel, os lares de idosos que alojam pessoas de idade e muitas necessitam de cuidados de saúde, são igualmente locais que não deveriam estar expostos à radiação permanente das antenas de telemóvel. As pessoas de idade vão-se tornando mais debilitadas na resistência à doença, tornando-as num grupo de risco quando expostas a ambientes que possam por em causa a sua saúde.
Oeiras tem um excelente lar de idosos localizado na R. José Malhoa. Apesar deste estabelecimento se destinar a cuidar de pessoas idosas, estão instaladas a cerca de 100 metros, as três antenas do Nº20, Nº22 e Nº32 da Av. Brasília (2 das antenas estão visíveis a partir do lar de idosos, como documentado nas fotos).
Mais abaixo na R. de Macau encontra-se um centro de dia para idosos.Uma vez mais aqui fica o reparo perante uma autarquia que diz nada poder fazer perante as instalações das antenas de telemóvel.
Seria bom que alguém respeitasse não só a nossa vida, mas acima de tudo, das nossas crianças e também a vida dos mais idosos que merecem todo o repouso nesta fase das suas vidas.

Recentemente, no dia 2 de Abril, foi aprovada pelo Parlamento Europeu, uma nova lei que irá obrigar as antenas de telemóvel e as linhas de alta tensão a serem instaladas a uma distância de segurança (que ainda se encontra por aferir) de estabelecimentos como escolas, infantários, centros de saúde e lares de idosos. Esta medida foi o resultado de alguns estudos recentes apresentados, como é o caso do Bio-Initiative Report.

Mais uma vez relembro que o facto de Portugal defender limites de segurança tão elevados e o facto de não reconhecer os efeitos não térmicos deste tipo de radiação, leva a que a vida deste grupo de risco composto por idosos que moram perto destas antenas, seja mais um triste exemplo de falta de prudência e precaução na instalação destas antenas.

Até agora, nenhum dos organismos contactado, assume qualquer responsabilidade pelos danos que estas antenas da Av. Brasília possam vir a causar na saúde de todos aqueles que moram em seu redor, ou seja, depois das antenas serem instaladas, ficamos todos por nossa conta e risco.
Perante este cenário, foi apresentada uma queixa no Parlamento Europeu.

terça-feira, 31 de março de 2009

Antenas Telemóvel - Escola EB 2.3 , Dr. Joaquim de Barros - Paço d'Arcos



Esta semana passava eu em Paço d'Arcos quando reparei numa nova antena de Telemóvel num prédio mesmo junto a uma escola. “Esta gente nem as crianças poupa”, pensava eu. Contudo, quando olhei para a escola do outro lado da estrada, simplesmente não podia acreditar no que via, não uma, nem duas, mas sim TRÊS antenas de telemóvel montadas dentro da Escola Básica do 2º e 3º ciclo, Dr. Joaquim de Barros em Paço d'Arcos.
Como é possível que alguém seja negligente o suficiente para autorizar tamanha barbaridade, será que não gostam das crianças?
Depois de tudo o que se tem escrito neste blog, todo este cenário não é mais do que um atendado ao bem estar de todas as crianças, professores e empregados desta escola.
Porquê este risco desnecessário que poderá ter implicações futuras nas suas vidas?

Relembro que Portugal, ao contrário de outros países não reconhece os efeitos não térmicos deste tipo de radiação e não reconhece os efeitos causados por exposição a longo prazo.
Fico chocado por toda esta “brutalidade” acontecer no concelho de Oeiras, onde eu vivo, e que apesar da Câmara Municipal de Oeiras ter feito saber que não pretende ser incomodada com as preocupações daqueles que vivem em exposição permanente às radiações das antenas de telemóvel, não posso de forma alguma ficar indiferente a toda esta situação irrealista que acontece neste concelho. Uma vez mais estamos a falar de crianças que não têm culpa das más decisões daqueles que deveriam por obrigação garantir o seu bem estar.

Para os pais preocupados com a saúde dos seus filhos, aproveito para deixar uma lista dos vários organismos que podem contactar, ou não:
  • Câmara Municipal de Oeiras: Não percam tempo.
  • ANACOM: Quase de certeza que os valores referentes aos campos electromagnéticos que possam vir a ser medidos dentro da escola, respeitam os limites de segurança praticadas em Portugal, o que no mínimo impedem que os nossos filhos sejam cozidos pela radiação. Ou seja, legalmente não estará a ser cometida nenhuma agressão à vida das nossas crianças, o que não significa que seja seguro. Se fosse noutros países, o caso seria diferente.
    Se quiserem arriscar, podem contactar:
    Centro de monitorização e controlo/ fiscalização do espectro - Sul (Barcarena)
    e-mail: monitor.sul@anacom.pt
  • Direcção Geral de Saúde: Apesar de dizerem que as medidas de segurança inéditas em Portugal são suficientes para proteger os seus cidadão, talvez o facto de ser uma escola com crianças, seja motivo para alguma medida que nos surpreenda a todos.
    Contacto:
    dgsaude@dgs.pt
  • Assembleia da República: Ainda não deram resposta, mas possivelmente porque estão demasiado ocupados com a crise.
    Contacto:
    http://www.parlamento.pt/Paginas/Contactos.aspx
  • Se defendem alguma cor política e se votam neles, façam-nos ver as preocupações dos cidadãos.
    Os mails dos partidos políticos estão disponíveis em:
    http://www.parlamento.pt/Paginas/Contactos.aspx
  • Os jornais e revistas necessitam de ser alimentados e quanto mais escandalosa é a notícia, mais fácil a sua publicação.

Por último, existem mais escolas onde os seus filhos podem estudar.

Bio-Initiavite Report - Uma Verdade Inconveniente

O Bio-Initiative Report, tal como já anteriormente referido, é um documento que merece a atenção de todos, uma vez que reúne um conjunto de estudos referentes ao impacto dos campos electromagnéticos na saúde, recomendo vivamente a sua leitura. Alguns dos pontos apresentados são técnicos, mas as primeiras páginas elucidam bastante bem os malefícios deste tipo de radiação e demonstram também que os critérios que Portugal adoptou (baseado nas directrizes do ICNIRP) para protecção dos seus cidadãos são perigosos para todos nós uma vez que não contemplam os efeitos não térmicos desta radiação que estão associados a campos de baixa intensidade e também para a exposição a frequências bastante baixas.

Os resultados destes estudos são preocupantes, apenas um breve resumo do que podem econtrar neste estudo:

Legenda referente aos seguintes termos:
  • ELF: significa Frequências Extremante Baixas (Extreme Low Frequencies), associada aos campos electromagnéticos provenientes dos cabos de alta tensão.
  • RF: significa Rádio frequências (Radio Frequencies), associada aos campos electromagnéticos provenientes das antenas base de telemóvel e dos próprios telemóveis.

  • Existem poucas dúvidas de que a exposição às ELF causa leucemia infantil.As crianças com leucemia que estejam a recuperar em locais com uma exposição entre 1mG e 2mG apresentam taxas de sobrevivência muito pobres com uma taxa de mortalidade de 280% superior ao de crianças com leucemia expostas a 1mG. O ICNIRP defende os 1000mG como limite máximo de segurança (Págs. 8 e 9).
  • Para as mulheres, as ELF são um factor de risco para o aparecimento do cancro na mama quando expostas num período de longa duração a campos de 10mG ou superiores. Este é mais um ponto que foca que os actuais limites de segurança de 933 a 1000mG são simplesmente perigosos (Pág. 11, 12 e 13).
  • Alzhaimer é uma doença do sistema nervoso. Existem fortes evidências que a longa exposição às ELF representam um factor de risco para a doença de Alzheimer. Existem poucas dúvidas de que os campo electromagnéticos emitidos pelos telemóveis e pela utilização dos telemóveis, afectam a actividade eléctrica do cérebro.
  • As consequências de exposições prolongadas para as crianças, cujo sistema nervoso continua em desenvolvimento até ao fim da adolescência, são desconhecidas até ao momento. Isto pode levar a implicações para a saúde em adultos e implicações funcionais na sociedade caso os jovens vivam expostos às ELF e RF durante anos, resultando numa diminuição na capacidade de raciocínio, de juízo, memória, aprendizagem e controlo do comportamento.
  • Os efeitos derivados da longa exposição a tecnologias sem fios, incluindo emissões dos telemóveis e outros equipamentos pessoais, e de toda a exposição do corpo a transmissões RF provenientes das torres de telemóveis e das antenas não são ainda conhecidos com certezas absolutas. Contudo, o conjunto de evidências até agora constatados, sugerem que os bio-efeitos e os impactos na saúde podem e ocorrem a níveis de exposição baixos: níveis que podem ser milhares de vezes inferiores aos limites de segurança existentes para o público em geral (Págs 13, 14 e 15).
  • Tanto as ELF como as RF podem danificar o DNA dependendo de certas condições de exposição, incluindo níveis de exposição que são inferiores aos actuais limites de segurança (Págs. 15, 16 e 17).
  • Campos muito baixos de exposições às ELF e RF podem levar as células a produzir proteínas de stress (as proteinas de stress são produzidas pelas células como resposta ao ataque proveniente de toxinas ambientias ou outras condições adversas), significando que as células reconhecem as exposições às ELF e RF como prejudiciais. Esta é mais um importante argumento que levou os cientistas a documentarem as exposições às ELF e RF podem ser prejudiciais à saúde, e isto ocorre a níveis muito inferiores aos actuais limites de segurança (Pág.17).
  • Existem fortes evidências de que as exposições às ELF e RF podem originar reacções inflamatórias, reacções alérgicas e podem levar à diminuição no sistema imunológico mesmo em níveis permitidos pelos actuais limites de segurança (Págs. 18 e 19).

De facto é difícil compreender como é que alguém nos pode dizer que as medidas de segurança existentes são suficientes (esta foi a resposta que tivemos da Direcção Geral de Saúde).
Todos nós estamos diariamente expostos a campos electromagnéticos provenientes de várias fontes, não só das antenas de telemóveis. Mas o grande problema, aqui digo mais uma vez, é que quando chegamos a nossa casa, o nosso corpo não passa para um meio sem radiação, ou seja, o nosso corpo vai continuar a ser exposto aos campos electromagnéticos provenientes das antenas de telemóvel (ou cabos de alta tensão, que não abiordo neste blog) que temos nas redondezas porque emitem 24 horas por dia durante todos os dias do ano, ou seja, mesmo enquanto dormimos. O mais grave é que os nossos filhos iniciam todo este processo de exposição desde muito cedo.
Autorizar a instalação de antenas de telemóvel não é mais do que privar o nosso organismo de repouso, levando-nos à doenças e à perda de qualidade de vida.
Lembrem-se disso quando as operadoras de telemóveis vos mostrarem uns documentos coloridos a dizer que as antenas não fazem mal à saúde.

Deixo aqui uma frase retirada do Bio-Initiative Report e que todos deverão ter presente especialmente quando ouvimos alguém dizer para não nos preocuparmos que tudo isto é mais do que seguro:

“Poderá não haver um limite mínimo em que a exposição não seja perigosa para a nossa saúde. Daquilo que nós sabemos, se houver um limite mínimo a partir do qual não ocorram bio-efeitos ou efeitos adversos para a saúde, não é inteligente numa perspectiva de saúde pública, continuar com o mesmo tipo de negócio que sempre existiu, colocando no mercado novas tecnologias que aumentem as exposições às ELF e RF, especialmente as exposições involuntárias.”

terça-feira, 24 de março de 2009

Viver perto de Antenas de Telemóvel – história na primeira Pessoa

No dia 8 e 9 de Setembro de 2008, ocorreu um debate em Londres sobre “Campos electromagnéticos e saúde – uma preocupação global”, organizado pela “Radiation Research Trust” (RRT).
No debate estiveram presentes oradores provenientes do ICNIRP, WHO, Russian National Committee on Non-Ionizing Radiation Protection, entre outros.
A eles juntaram-se cientistas, políticos, advogados e cidadãos preocupados, cada um deles apresentando diferentes pontos de vista para encorajar discussão sobre os riscos associados à saúde.

Uma das oradoras foi Eileen O'Connor's que relatou a sua história pessoal:
Em 2001, com 38 anos e no auge da sua carreira, foi ao médico com a pele cheia de pequenas borbulhas e com um nódulo no peito. O nódulo foi removido em 13 de Novembro e dia 20 de Novembro confirmaram-lhe que tinha cancro na mama. Passou seis meses em quimioterapia, radioterapia, cirurgia reconstrutiva e cinco anos a tomar Tamosifen (medicamento). Durante um longo período teve de fazer mamografias, scans ultrasónicos e outros exames para ir avaliando os progressos.

A quimioterapia foi muito difícil porque ela tinha um sistema imunitário muito fraco, mesmo antes de começar o tratamento. A única forma de aguentar a quimioterapia foi através de injecções para aumentarem os glóbulos brancos. Contudo, por três ocasiões ela saiu do local onde morava para uma área sem radiação e para sua surpresa, o número de glóbulos brancos aumentou permitindo-lhe fazer a quimioterapia sem a necessidade de injecções para aumentar o sistema imunitário.
De salientar que no local onde ela vivia, muitas pessoas sofriam de falta de glóbulos brancos no sangue.

Quando ela começou a encontrar vizinhos seus no hospital, começou a suspeitar que a sua doença poderia ter uma causa ambiental.
Eileen juntamente com uma vizinha, decidiram fazer um inquérito sobre os problemas de saúde na sua zona e acabaram por criar uma lista de doenças:
  • 5 mulheres com cancro da mama
  • 1 caso de cancro da prostata
  • 1 caso de leucemia
  • 1 caso de cancro do pulmão
  • 3 casos de cancro da cervical
  • 1 caso de doença neurológica motora aos 51 anos, com cancro na coluna
  • várias pessoas que desenvolveram tumores benignos
  • Electro-Sensibilidade
  • 3 casos de erupções na pele graves
  • muitos habitantes com insónias, dores de cabeça, vertigens e baixo sistema imunitário
  • Cavalo com problemas de sangue.
Eillen viveu durante 7 anos junto a uma antena da T-Mobile que ficava a 100 metros de sua casa. O Mastro estava próximo das casas das pessoas que foram afectadas pela lista de doenças.

As entidades reguladores foram ao local fazer medições e detectaram valores abaixo dos limites impostos pelo ICNIRP.

Eileen afirmou aquilo que muitos defendem “Agora percebo que os limites existentes apenas impedem que o nosso corpo seja cozinhado pela radiação”.

No dia 5 de Novembro de 2003 o Mastro foi derrubado numa forma de vandalismo sem que ninguém soubesse dos autores de tal proeza.

O acontecimento teve cobertura noticiosa por estações de televisão e praticamente todos os jornais de Inglaterra (basta irem ao Google e pesquisarem por: Wishaw phone Mast).
As pessoas fizeram vigias 24 horas / 7dias da semana para garantir que o Mastro não era novamente activado.

Depois de uma cuidadosa pesquisa científica , o Físico Dr. John Walker confirma que após 6 meses de exposição a antenas de Telemóvel, as pessoas poderão ter o sistema de imunitário reduzido em 90%, muitas sofrendo de dores de cabeça, irritação na pele com erupções ou borbulhas, perdas de memória e talvez electro-hipersensibilidade. Após 5 anos anos, os caso de cancro aumentam.
Ele visitou vários sites e encontrou padrões significativos que indicam um aumento dos números de cancro em redor das antenas de telemóvel.

A acção de remoção da antena de telemóvel, apesar de ter ocorrido através de vandalismo, serviu para provar que após o seu desaparecimento, verificaram-se mudanças na população de Wishaw :
Muitos dos habitantes reportaram um sentimento de bem estar, através do melhoramento dos padrões de sono e aumento dos níveis de energia. Pequenas coisas como dores de cabeça e sintomas de vertigens, simplesmente desapareceram. Houve uma explosão de nascimentos na vila. As pessoas adquiriram qualidade de vida.

Eileen O'Connor's criou um site onde ajuda outras pessoas a inteirarem-se do problema (http://www.scram.uk.com/)

Uns alunos da "University of Central England" fizeram um pequeno filme, sobre este acontecimento:


Já existem provas científicas suficientes que demonstram que esta tecnologia não é segura. Como é que podemos aceitar que a nossa vida seja posta em causa através de tecnologia que não está devidamente testada?

terça-feira, 17 de março de 2009

Viver debaixo ou em redor de antenas de Telemóvel aumenta os problemas neurológicos

Um estudo cientifico publicado num jornal de Neurotoxicologia conlui que as pessoas que moram nas proximidades de antenas de telemóveis correm o risco de desenvolver problemas neurofisiátricos e alterações nas funções neurológicas.

O estudo envolveu 2 grupos de pessoas, os habitantes de um prédio onde estavam montadas 3 antenas de telemóvel no telhado e os funcionários de uma empresa situada a 10 metros no lado oposto às antenas. O grupo de controlo para comparação dos resultados estava situado a 2 Km das antenas.

Os resultados do estudo indicaram que as pessoas que vivem junto das antenas de telemóveis apresentam uma maior probabilidade de desenvolver problemas neurológicos quando comparadas com pessoas que vivem longe das antenas.
Os resultados dos testes são apresentados em percentagem de pessoas afectadas, sendo visivel um aumento no grupo de pessoas expostas às antenas de telemóvel:


Para aqueles que pensam que estão seguros ao optarem por viver debaixo de uma antena de Telemóvel em comparação com os que são forçados a viver nas imediações destas antenas, desenganem-se, o mal chega para todos e ninguém está seguro.




O mais grave deste estudo é que os campos electromagnéticos medidos estavam muito abaixo dos limites impostos por lei (no país onde foi feito o estudo, em Portugal o máximo é de 450uw/cm2), os valores eram inferiores a 8uw/cm2. Na Rua adjacente à Avenida Brasília em Oeiras foram medidos valores de 50uw/cm2 a cerca de 70m da antena mais próxima.
Por outro lado, o grupo de pessoas que habitava debaixo das antenas, apenas estava exposto 8 horas por dia, em comparação com as 15 horas de exposição diárias do grupo no edifício que estava no lado oposto às antenas (ou seja, cerca do dobro das horas de exposição). Num cenário real, quem vive num prédio com uma antena no telhado está exposto mais do que 8 horas por dia.
Por último, a idade das pessoas que participaram neste estudo, situava-se entre os 23 e os 52 anos, o que significa que todos eram adultos e não havia crianças envolvidas.
Se estes foram os resultados obtidos com adultos, o que esperar de crianças e bebés cujos cérebros se encontram ainda em desenvolvimento?

Antes de aceitar a instalação de uma antena no seu prédio, pense em si e nos outros. Ainda há muito por descobrir e a medida mais prudente é rejeitarmos viver debaixo de uma antena ou próximo dela.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Já há iniciativas para proteger as crianças, mas não em Portugal

O Ano de 2009 trouxe novas iniciativas na protecção das crianças contra a radiação dos telemóveis.
A 7 de Janeiro “Finnish Radiation and Nuclear Safety Authority” (STUK) recomendou (ver recomendação) aos pais para limitarem o uso dos telemóveis às crianças. No mesmo dia, o governo Francês anunciou uma série de propostas orientadas para a saúde e ambiente que incluem a proibição de telemóveis desenhados especialmente para crianças com menos de 6 anos de idade e a proibição de anúncios comerciais que promovam a utilização de telemóveis por crianças com idades inferiores a 12 anos.

A STUK juntou-se a outras agências europeias na protecção contra este tipo de radiação , do qual fazem parte a Belgica, França, Rússia, Suíça e o Reino Unido, com o objectivo de encorajarem a criação de politicas de precaução na utilização de telemóveis por parte das crianças
A entidade de Protecção Contra a Radiação Alemã (Bfs) aconselhou também prudência na utilização dos telemóveis por parte de todos os utilizadores (ver artigo). A Ministra da Saúde Francesa apareceu na televisão em 2008 em defesa das crianças na utilização dos telemóveis. O Departamento de Saúde do Reino Unido, foi no entanto o primeiro a recomendar a não utilização de telemóveis por crianças com menos de 16 anos (ver documento) . Estas recomendações foram feitas em 2000, como resposta às recomendações de um estudo designado “Stewart expert Panel”, este estudo não só contesta a utilização dos telemóveis por parte das crianças, como também desaconselha a instalação das antenas perto das escolas e das habitações.
No ano de 2008 a gerência da Bfs Alemã recomendou:
“Os pais devem manter as suas crianças longe desta tecnologia o máximo possível”

Em contraste com toda esta actividade, a Comissão “ International Commission on Non-Ionizing Radiation Protection” (ICNIRP) mantém-se indiferente e apática perante os cerca de 40 países que pedem os seus conselhos. O ICNIRP tem estado silencioso durante 10 anos.
Muitos afirmam que o ICNIRP se mexe de forma demasiado lenta. As últimas directrizes referentes à exposição aos campos electromagnéticos, foi em 1998!!
O ICNIRP deveria seguir as pegadas do seu homónimo em Moscovo: the Russian National Committee on Non-Ionizing Radiation Protection (RNCNIRP). Os russos emitiram um aviso na Primavera passada dizendo que:
“O potencial de risco para as crianças é muito elevado”
Eles terminaram o aviso com um conselho para o ICNIRP: “É nossa obrigação profissional não prejudicar a saúde das crianças por inactividade”.

Em Portugal continuamos a seguir as recomendações do ICNIRP, que não só estão desenquadradas com alguns destes países, como ultrapassadas no tempo.
Enquanto uns países promovem a protecção das crianças, nós por cá, assistimos ao lançamento de telemóveis para crianças por parte da Imaginarium e da TMN, aos anúncios televisivos para que os nosso filhos usem e abusem dos telemóveis e à instalação de antenas de telemóvel junto das escolas e das suas habitações sem pensarem no risco a que os nossos filhos ficam sujeitos.

Fonte: microwavenews

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Modelo de carta para exigir responsabilidade pelos danos causados à nossa saúde

Cada dia que passa, em que nada fazemos, é mais um dia de risco consentido às empresas que poderão estar a colocar a nossa saúde em causa ao instalar aquela antena de telemóvel perto de nossa casa.
Muito têm perguntado por mail, o que podem fazer para contestar esta situação e a resposta tem sido sempre a mesma, escrevam, escrevam e escrevam para as entidades já aqui referenciadas.

Hoje, proponho aqui um modelo de carta que a meu ver retrata a preocupação de todos aqueles que se preocupam com este problema e para o qual parece não haver ninguém que assuma qualquer responsabilidade quanto às consequências dos problemas que daí advenham. Ou seja, um conjunto de empresas engorda à custa de um risco que nos é imputado.
Se ninguém contestar, nós estamos a permitir que estas empresas joguem com a nossa vida para atingir os seus interesses.
Seja activo e demonstre a sua preocupação, a inactividade é o nosso maior inimigo e o maior aliado destas empresas que não têm oposição.

Aqui fica o meu modelo de carta que poderão adaptar se necessário à situação de cada um. Se nada fizermos tudo ficará na mesma ou pior.

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Exmos Senhores


Na qualidade de cidadão e pai de família, serve a presente carta para manifestar o meu total desacordo com a instalação das antenas de telemóvel na Av. Brasília em Oeiras. Não fui consultado para a sua instalação e hoje sou obrigado a viver com a minha família nas imediações destas mesmas antenas.

O facto destas antenas estarem colocadas no topo dos prédios da Av. Brasília, leva a que os andares mais altos em seu redor, estejam sujeitos a índices de radiação electromagnética superiores em comparação com andares mais distantes e a uma altura inferior.
Os riscos de exposição a este tipo de radiação a curto prazo poderão não apresentar uma situação de risco para a saúde, se bem que dentro de determinados valores supostamente compatíveis com o ICNIRP. Contudo, os riscos de exposição a longo prazo apresentam muitas dúvidas que carecem de mais esclarecimentos, mais estudos da comunidade científica e as medidas de segurança propostas pelo ICNIRP poderão estar longe de uma realidade segura. Sugiro que consultem as recomendações do RNCNIRP (Russian National Committee on Non-Ionizing Radiation Protection) que aponta falhas ao ICNIRP, especialmente por não ter em conta os efeitos da exposição a longo prazo e por não considerarem os efeitos não térmicos associados a este tipo de radiação, consultem também um conjunto de estudos publicados por 14 cientistas, com o nome “Bio-Iniciative Report” (http://www.bioinitiative.org/report/docs/report.pdf), que recentemente levou à aprovação de uma lei no Parlamento Europeu para que sejam revistos os limites de exposição do público em geral .
A situação actual, onde não se garante a segurança daqueles que vão ser forçados a viver perto destas fontes de radiação electromagnética num período considerado de longo prazo, só pode ser encarada como uma situação de risco, para a qual nem eu nem a minha família nos propomos assumir. Não posso aceitar que a vida da minha família seja posta em causa em benefício dos interesses económicos de algumas empresas.

Como cidadão e pai de família exijo saber qual a Entidade portuguesa que assume inteira responsabilidade pelas consequências que estas antenas possam trazer para a saúde da minha família, caso venha a ser confirmado o que muitos já conseguiram comprovar:
  • que a exposição a longo prazo aos campos electromagnéticos das antenas pode ser prejudicial para a saúde daqueles que vivem em seu redor
  • a exposição a campos electromagnéticos inferiores aos limites praticados por Portugal podem ter implicações na nossa saúde através de efeitos não térmicos que não são reconhecidos pelo ICNIRP.


Grato pela atenção, aguardo uma resposta da vossa parte.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Campos Electromagnéticos das Linhas de Alta Tensão e a Leucemia Infantil

Foram precisos 30 anos para que finalmente alguém descobrisse o porquê do aumento de leucemia infantil nas populações que moram junto a linhas de alta tensão e postos de transformação.
Este é mais um estudo que relaciona os campos electromagnéticos induzidos com as rupturas do ADN.
Uma equipa de investigadores chineses descobriram que existe um grupo de risco formado por crianças que são portadoras de uma versão defeituosa de um gene que interfere com o sistema imunológico na reparação das rupturas de ADN. Estas crianças têm uma probabilidade maior de vir a desenvolver leucemia caso vivam perto de linhas de alta tensão ou postos de transformação.
Xiaoming Shen e outros colaboradores da Escola Universitária de Medicina Jiao Tong em Shanghai concluiram que as crianças com esta variante genética – conhecida como Polimorfismo ou snp – e que vivem a um distância de 100 metros destas fontes de campos electromagnéticos, têm uma taxa de leucemia 4 vezes superior, quando comparadas com as restantes crianças portadoras da versão funcional deste gene e que vivem na mesma zona.
Depois de tantos investigadores passarem os últimos 30 anos a tentar perceber como é que os campos electromagnéticos podem promover a leucemia infantil, Shen apresenta um explicação muito simples: As crianças expostas aos campos electromagnéticos provenientes das linhas de alta tensão sofrem mais rupturas nas suas estruturas de ADN, mas aquelas que possuem este gene modificado não podem reparar o ADN danificado tornando-se assim mais susceptíveis de vir a desenvolver cancro.
A leucemia infantil é actualmente encarada como tendo início num rearranjo cromossomático que ocorre ainda no ventre materno, seguido por uma perturbação ambiental depois do nascimento. As linhas de alta tensão podem ser um dos vários factores que podem despoletar a doença.

Ler o artigo na integra

Nota: Não pretendo incluir neste blog a problemática das linhas de alta tensão, se pretenderem mais informações sobre este tema, recomendo o blog Muito Alta Tensão.

As linhas de alta tensão, antenas e telemóveis provocam campos electromagnéticos. Apesar da grande diferença nas frequência de ambos, as comunicações móveis também estão referenciadas, com estudos publicados, como causadoras de rupturas ao nível do ADN.
Se estas crianças são apresentadas como um grupo de risco ao viverem perto de fontes de campos electromagnéticos, certamente que as antenas e os telemóveis também não serão inofensivos.
Este é mais um estudo que não deveria ser ignorado pelas entidades e individualidades que desprezam este problema.


 
As mensagens colocadas na secção reservada aos comentários são da responsabilidade única e exclusiva dos seus autores

Localização das três antenas

Pode navegar no mapa e clicar nos símbolos

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Problemas com o Internet Explorer

Galeria de Fotos

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Se mora junto de um prédio recheado de antenas ou se a antena instalada está a uma curta distância da sua casa ou perto do nível da sua habitação, ou se os elementos da antena estão virados para o chão ou para a sua habitação, então poderá documentar essa situação nesta galeria. Envie as fotos para o mail deste blog.
Na fotografia enquadre o seu prédio ou habitação com a antena se possível, o objectivo é criar uma galeria de fotos com antenas instaladas em locais que demonstrem falta de bom senso de quem as instala e autoriza.
Pode ver o slideshow ou seleccionar na zona inferior a foto pretendida.Ao clicar numa foto pode ver o descritivo associado.

Envie a sua foto para o mail deste blog

Questionário sobre Telemóveis e suas antenas