segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Casos na primeira pessoa - Viver debaixo de uma antena


Antonio Gómez é um lutador nato, desde 2004 que nem as operadoras nem o cancro do cólon lhe retiraram as energias para denunciar os perigos das comunicações móveis, as antenas e o denominado “triangulo de la muerte”, de Mósteles (Espanha).
Ele conseguiu sentar no banco de acusação as operadoras, o Município da sua localidade e os presidentes das várias comunidades do Bairro, por entre outros delitos, “danos à saúde e à segurança colectiva, actividade clandestina, emissão prejudicial ao meio ambiente, homicídio e lesões por falta de precaução”.


Em 2007 apoiou a retirada de uma antena da Vodafone pertencente ao “Triangulo de la Muerte” de Móstoles. Os vizinhos já tinham colocado este caso em tribunal após o aparecimentos de 12 casos de cancro em habitantes do edifício onde a antena se encontrava instalada, dos quais 5 faleceram. No entanto, esta antena só foi removida após a finalização do contrato com a comunidade de proprietários.

Antonio Gómez acabou por ter de recorrer ao Tribunal dos Direitos Humanos de Estrasburgo que aceitou a sua denúncia. Acabou por ter de recorrer a esta instância europeia dado que no seu país nem o Defensor do Cidadão, nem a entidade fiscalizadora, nem a Audiência Providencial de Madrid, nem o Tribunal Constitucional, nem o Presidente do Governo, nem o Rei, .., nem nada com o poder de decisão aceitou tomar qualquer acção contra a denúncia de tantos casos de cancro e morte em redor destas antenas.

Este actor veterano de 60 anos, descobriu que tinha cancro no cólon em 2004 e desde então descobriu que para além da antena que tinha no telhado, existiam outras 2 antenas numa área com menos de 500m2 que ficou apelidado de “Triángulo de la Muerte” após terem sido detectados mais de 100 casos de cancro e 42 mortes.


sábado, 24 de outubro de 2009

WiredChild – Proteger as nossas crianças da tecnologia Wireless

Mais uma boa iniciativa para prevenção contra os perigos associados às tecnologias Wireless, o site WiredChild está bem estruturado, disponibilizando informações que nos enquadram quanto ao risco para a saúde associado à radiação electromagnética proveniente das tecnologias de comunicações sem fios.
Este site está orientado para:
  •  Pais das crianças – recomendando um conjunto de regras de segurança a seguir para minimizar ou eliminar os riscos de exposição das crianças a este tipo de tecnologia.
  • Escolas – alertando para os perigos provenientes das redes Wi-fi instaladas assim como dos acessos wi-fi dos computadores portáteis, às quais alunos e professores estão sujeitos.
  • Crianças – recomendando medidas de segurança para as próprias crianças na utilização dos telemóveis.
Este site dispõe de muita informação de carácter científico que serve de suporte aos muitos alertas dirigidos aos pais, jovens e escolas. É também apresentado o lado mais negro ao ser evidenciada uma análise de tendências relativamente aos casos de cancro verificados no Reino Unido:
  • O aumento de casos de cancros especialmente ente as camadas mais jovens. 
  • Os casos de cancro no cérebro e espinal medula, praticamente duplicaram nos últimos 25 anos na faixa infantil. 
  • Os casos de cancro no cérebro provocam mais mortes entre  crianças e adultos com  menos de 40 anos, quando comparados com qualquer outro tipo de cancro.
 

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Prevenção Rodoviária - Se conduzir não use o telemóvel

Já aqui mencionamos várias vezes que uma das medidas de prevenção para nos protegermos da radiação dos telemóveis é simplesmente não os usarmos quando estamos dentro de locais onde haja pouca rede, isto porque o telemóvel tenderá a usar o máximo de potência de transmissão para contactar a antena de telemóvel mais próxima e logicamente que o índice de radiação a que ficaremos expostos será muito maior.
O carro é o exemplo de um destes locais cuja construção acaba por isolar o seu interior criando condições de fraca cobertura da rede móvel.
A medida de prevenção acima descrita aplica-se a todos os ocupantes do veículo, mesmo para os que não estão a conduzir.

A outra situação, até agora reconhecida como única implicação do telemóvel na saúde dentro dos veículos, é o perigo de distracção por parte do condutor quando tem de usar o telemóvel. Ao contrário da exposição à radiação do telemóvel cujas consequências não têm um efeito imediato, a distracção provocada por um telemóvel pode dar origem a um acidente que terá efeitos imediatos na vida daqueles que viajam no próprio veículo e nas restantes pessoas que possam ser envolvidas no acidente.
Numa iniciativa de convencer os jovens a não usarem o telemóvel enquanto conduzem, especialmente a absterem-se por completo ao envio de mensagens que é identificado como um comportamento de risco na medida em que o condutor é forçado a desviar os olhos da estrada, o governo do Reino Unido teve a audácia de criar um vídeo chocante de forma a despertar a atenção dos jovens que são a camada mais propícia a este comportamento negligente. O conteúdo do vídeo pode ser impressionante para alguns mas a mensagem é clara:
“A utilização de um telemóvel durante a condução pode ser fatal para si e para os outros”.


segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Dr. Martin Blank – Campos Electromagnéticos e os riscos para a saúde

Numa conferência de Imprensa ocorrida a 27 de Maio de 2009 em Toronto, o Dr. Martin Blank da Universidade da Colômbia mostra-nos o impacto na saúde dos campos electromagnéticos na perspectiva da Ciência.
Nesta conferência é abordado um tema interessante relativamente aos resultados dos vários estudos que são financiados pelas empresas de comunicações móveis. É incrível que estas empresas consigam que cerca de 68% dos estudos sejam apresentados como negativos quanto aos malefícios para a saúde, quando comparados com os resultados de empresas independentes que concluem que 70% dos estudos efectuados apresentam malefícios para a saúde.
Com valores tão dispares, só podemos suspeitar que sempre que as empresas de comunicações entram nestes estudos, os seus resultados são no mínimo suspeitos.

Outro dos temas abordados refere uma vez mais a enorme discrepância entre os valores limite praticados e o valor recomendado como seguro na exposição a campos electromagnéticos. Em Portugal o valor máximo permitido é de 450 uw/cm2 quando comparado com um valor de segurança recomendado que é de 0.1 uw/cm2, estamos a falar de um valor 4500 vezes inferior!!
Tudo isto porque as pessoas teimam em desprezar os efeitos não térmicos deste tipo de Tecnologia e apenas consideram os efeitos térmicos que estão associados a níveis de radiação electromagnética mais elevados.

Toda esta disparidade entre o que as empresas de comunicações móveis dizem sobre a segurança deste tipo de tecnologia e sobre os valores de segurança que são praticados face ao que é recomendado, apenas nos pode levar a concluir que algo de muito errado se esconde por detrás de tudo isto.
Uma vez mais fica o apelo à Prevenção e à Prudência que em Portugal apesar de alguns dizerem que existe, é simplesmente invisível e ninguém tem a coragem de abordar este tema com a seriedade necessária para que seja assumida uma postura de protecção aos cidadãos. As pessoas têm de saber que estão a correr riscos e têm de se sentir protegidas.

O Dr. Martin Blank deixa um exemplo muito pertinente:
Se conduzirmos a 80 km/h numa estrada teremos um determinado número de fatalidades, mas se aumentarmos a velocidade para cerca de 100 km/h o número de fatalidades irá aumentar. A questão aqui é saber qual o número de fatalidades que a sociedade está disposta a permitir que ocorram. Ao nível dos campos electromagnéticos, a exposição a este tipo de radiação irá ter consequências biológicas levando a que parte da população acabe por não resistir, e o que nós temos de fazer como sociedade é determinar qual o nível de segurança que deverá ser adequado face à ameaça existente. A decisão científica é clara, os padrões de segurança actualmente existentes têm de ser revistos e têm de ser redefinidos, o que resta para defesa dos cidadãos é uma decisão politica que tem de ser tomada.
 
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Localização das três antenas

Pode navegar no mapa e clicar nos símbolos

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Se mora junto de um prédio recheado de antenas ou se a antena instalada está a uma curta distância da sua casa ou perto do nível da sua habitação, ou se os elementos da antena estão virados para o chão ou para a sua habitação, então poderá documentar essa situação nesta galeria. Envie as fotos para o mail deste blog.
Na fotografia enquadre o seu prédio ou habitação com a antena se possível, o objectivo é criar uma galeria de fotos com antenas instaladas em locais que demonstrem falta de bom senso de quem as instala e autoriza.
Pode ver o slideshow ou seleccionar na zona inferior a foto pretendida.Ao clicar numa foto pode ver o descritivo associado.

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Questionário sobre Telemóveis e suas antenas