quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Em Portugal estamos seguros contra as radiações electromagnéticas das antenas!!??

Após meses de pesquisa na Internet, chegamos à conclusão que estudos já existem muitos, a única diferença é na atitude que os Países tomam para com os seus cidadãos.
Portugal como anteriormente referido segue as normas do ICNIRP e muitos outros países que acharam os valores demasiado altos, optaram por fazer os seus estudos e impor os seus valores de segurança. A discrepância é tão brutal que decidimos colocar na barra lateral deste blog, um gráfico com o Rancking dos Países que mais se preocupam com os seus cidadãos e o que é facto é que Portugal está com os Países que se encontram no fim da tabela ao contrário da Nova Zelândia que destronou a Áustria ao permitir apenas uns 0.06 V/m. Será que o corpo de técnicos e cientistas do ICNIRP sabe mais que os técnicos dos outros países, ou haverá outros valores que falam mais alto?
A Espanha tem o mesmo problema que nós, uma vez que também segue o ICNIRP (se bem que nem todas as regiões aderiram a esta norma), no entanto existem uma série de estudos espanhóis que também concluem a perigosidade na forma como a população é exposta a valores tão elevados. Um dos erros apontados ao ICNIRP é que eles apenas vêm o efeito térmico da radiação e aparentemente este não é o único problema que afecta o nosso corpo.
Dos muitos estudos aqui divulgados, apresentamos um estudo espanhol que regista problemas detectados em pessoas expostas, nas suas habitações, a valores inferiores a 1.29 V/m (Em comparação com os nossos 41.25 V/m até parece que estamos a falar de uma escala diferente), dos quais estão incluídos sintomas como: fadiga, dores de cabeça, náuseas, perda de apetite, distúrbios do sono, tendências depressivas, sentimento de desconforto, falta de concentração, perdas de memória, perturbações visuais e palpitações cardíacas.
Consultar estudo The Microwave Syndrome

Hoje vemos os países divididos quanto ao problema da radiação. Em Portugal limita-mo-nos a seguir as regras dos 41.25 V/m como valor máximo ( para 900 MHz) e qualquer valor abaixo é considerado dentro da lei mesmo quando se fala de pessoas que têm 10 V/m na sua casa e onde habitam grávidas e crianças. Noutros Países como a Suiça ou Áustria, com limites máximos inferiores a 3 V/m estas pessoas já não estariam em segurança. Não sei se com os nossos valores tão elevados, haverá alguém a morar perto de uma antena que esteja a funcionar à margem da lei.
Por outro lado as próprias pessoas preferem viver na ignorância do que a preocupar-se com algo, que pensam elas, deverá ser da responsabilidade de alguma entidade que as irá proteger deste tipo de problemas. Más notícias para todos vocês, a nossa legislação referente à protecção contra as radiações electromagnéticas está feita para que os empresas de telemóvel possam rentabilizar ao máximo as suas antenas junto das nossas casas e quanto mais perto mais cobertura nós temos para fazer chamadas e menos antenas eles têm de instalar para cobrir uma determinada zona. Se a legislação os obrigasse a usar antenas menos potentes ou a garantirem menores valores de radiação para a população, certamente que eles teriam de gastar muito mais dinheiro para cobrir a mesma área.
Aparentemente as Camâras Municipais que têm de autorizar a instalação das antenas, tendem a ter uma preocupação mais paisagística do que com a saúde pública, remetendo qualquer situação de análise para a nossa autoridade competente que é a ANACOM. Este organismo por sua vez respeita a lei imposta pela norma do ICNIRP rejeitada por outros países mas que para Portugal é aceitável o suficiente para que todos nós tenhamos de habitar junto das antenas. Mesmo em situações extremas em que ao abrirmos a nossa janela estas aparecem à nossa altura a bombardear-nos com a sua radiação, Portugal diz-nos para não nos preocuparmos porque os valores apesar de perigosos noutros países, aqui na nossa terra, são completamente inofensivos, quer dizer ..., estão dentro da lei.


segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Viver numa casa ao nível de uma antena é mais perigosos do que viver na rua?

Se mora nos andares mais altos, ou se viver perto do nível da antena poderá correr um risco acrescido em comparação com quem vive em andares mais baixos.
A explicação é simples, os campos de propagação das antenas são mais intensos na horizontal, ou seja as emissões são mais forte na zona envolvente e perto da cota (altura) onde se encontram os elementos da antena.
Apesar da atenuação do sinal emitido por estas antenas ser muito forte com o aumento da distância à antena, para a mesma distância o sinal mantém-se mais forte à altura da antena do que ao nível do chão.
Onde é que está o bom senso das pessoas quando estas concedem licenças de instalação, permitindo que haja antenas instaladas a escassas dezenas de metros e ao mesmo nível (ou próximo) de outras habitações? Mais ainda, como é possível que alguns elementos de algumas antenas estejam inclinados para baixo, fazendo com que a propagação principal em vez de se fazer na horizontal, seja feita na diagonal de forma a apanhar mais habitações? Se as antenas têm que existir, ao menos que as instalem em locais altos e a distâncias seguras das casas das pessoas sem que as habitações fiquem expostas ao feixe (globo) horizontal da antena . Pelos visto estas medidas apesar de serem mais seguras para nós apresentam maiores custos para as operadores que preferem gastar menos dinheiro na sua colocação em prédios independentemente destes estarem ou não rodeados de outros prédios com a mesma altura.
Numa medição feita num 5º andar a cerca de 60 metros de 2 antenas, foram detectados valores máximos de 10 V/m em comparação com os 1.5 V/m detectados ao nível do R/C do mesmo prédio mas na rua (valor cerca de 7.5 vezes inferior). Ou seja, pode dizer-se que poderá ser mais seguro (ou menos perigoso) viver na rua do que na nossa casa. Isto é no mínimo ridiculo!

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Atenção às antenas disfarçadas!

A preocupação de morar junto a antena de telemóvel, apenas pode piorar se aparecer mais uma ou mais antenas.
Infelizmente descobriu-se que já há muito tempo que convivemos com uma outra antena que apenas não era visível porque estava disfarçada de chaminé (o termo técnico é dissimulada). Esta é de facto uma forma hábil e discreta de instalar uma antena no topo de um prédio sem chamar a atenção dos vizinhos. Já tinha visto "pinheiros" nas estradas mas chaminés é a primeira vez. Quem quiser vislumbrar este raro monumento só tem de olhar para o telhado do Nº 22 da Av. Brasília, mesmo a seguir à antena do Nº 20 da mesma avenida que já se pode intitular a Avenida das antenas.
De facto é necessário desconfiar de tudo o que possa parecer fora do normal no topo de um telhado. Estas chaminés apesar de serem maiores que as restantes, conseguiram ludribriar todos aqueles não assistiram à sua instalaçao.

No próximo artigo iremos abordar o perigo que as antenas representam quando montadas ao nível de outras habitações e até nisto o bom senso das pessoas falha.

sábado, 3 de novembro de 2007

Como é que os vários Países protegem os seus cidadãos da radiação electromagnética

Existem várias organizações que definem limites de segurança quanto aos valores máximos de radiação (SAR - Specific Absortion Rate) a que o público em geral poderá estar exposto. Os Estados Unidos seguem a Norma C95.1 desenvolvida pelo IEEE, o Canadá segue as normas da FCC e a Nova Zelândia e alguns países da Europa como Portugal, seguem a norma do ICNIRP que impõe um SAR de 0.08W/Kg para todo o corpo e que corresponde um campo eléctrico máximo de 41.25 V/m, para uma frequência de 900 MHz (GSM), a que corresponde uma densidade de potência de 450 µW/cm².
Contudo, alguns países não acreditam nos limites de segurança impostos por estas organizações e acabam por impôr limites mais restritivos quanto ao máximo de radiação que os seus cidadãos podem estar sujeitos 24 horas/dia.
Os valores indicados no gráfico correspondem ao nível de exposição expresso em µW/cm² para a frequência de 900 MHz, usada na comunicação GSM. Quanto mais alto o valor, maior o risco para saúde.

Verificamos que Portugal (que respeita a norma ICNIRP) permite que todos nós estejamos sujeitos a um máximo de 450 µW/cm² (41.25 V/m). No entanto, noutros países como a Rússia e China, o máximo imposto é de apenas 10 µW/cm² (6.140 V/M que é 6.7 vezes inferior a Portugal), na Suíça é de 4.2 µW/cm² (4 V/m que é 10.3 vezes inferior a Portugal), na Itália é de 2.5 µW/cm² (3 V/m que é 13.75 vezes inferior ao de Portugal) e na Áustria (em Salzburgo) é o mais restritivo com apenas 0.1 µW/cm² (0.614 V/m que é 67 vezes inferior ao de Portugal)!!

É caso para perguntar, porque é que estes Países ao contrário de Portugal, não acreditam nos estudos destas organizações? Certamente que deram mais atenção aos inúmeros sinais de alerta já evidenciados e acima de tudo não desvalorizaram o risco e preferiram optar pela segurança das pessoas. Convém referir que Salzburgo foi a terra de muitos cientistas que estudaram os campos electromagnéticos, não sendo por isso de desprezar a preocupação deste povo, pelo contrário, esta medida de protecção dos seus cidadãos deveria de ser seguida por todos os Países. O facto dos operadores móveis terem de instalar as suas antenas tendo de garantir que as pessoas não estão expostas a mais do que 0.1 µW/cm² simplesmente obrigou-os a adaptar a sua tecnologia às pessoas, ou seja, em Salzburgo as pessoas falam ao Telemóvel como nós mas o seu limite máximo de radiação poderá ser 67 vezes inferior ao nosso.
De salientar que enquanto nós continuamos com estes elevados valores de referência, países como a Itália e a Nova Zelândia têm como objectivo chegar aos 0.1 µW/cm².

Se Portugal seguisse o exemplo da Áustria, possivelmente seria a cura de muitas das chamadas "pequenas doenças" que nos tiram qualidade de vida tais como dores de cabeça, cansaço, insónias, falta de concentração, náuseas, dificuldades digestivas e palpitações cardíacas entre outras. Estas estão entre as várias doenças que a exposição à radiação electromagnética pode originar (consultar).
Talvez um dia Portugal siga estes países mais proteccionistas como medida para defender o seu povo de forma a que este possa atingir a velhice com qualidade de vida suficiente para poder continuar a trabalhar e a pagar os seus impostos. Até lá, certamente que em termos dos efeitos provocados pela radiação electromagnética provenientes das antenas de telemóvel, as crianças destes países mais protectores terão mais razões para sorrir do que as nossas crianças.


Alguns documentos de consulta:

Desde 1981 a editar notícias sobre os perigos da radiação electromagnética

Existe uma organização independente que há mais de 25 anos publica um jornal sobre o impacto na saúde dos campos e da radiação electromagnética. Ao longo dos anos as edições eram pagas e desde 2003 que foi criado um site na Internet e as publicações passaram a ser de livre acesso, aceitando no entanto doações por parte de todos aqueles que pretendam contribuir para a continuidade desta organização.

Esta organização, Microwave News, cobre todo o espectro electromagnético não ionizante, com especial destaque nos telemóveis, linhas de alta tensão, radares e torres de transmissão.
A imensidão de artigos é espantosa, há uma dinâmica muito grande no lançamento de notícias que abrangem todo o mundo e que abordam com profissionalismo esta controvérsia espalhada por todo o mundo. Apenas posso recomendar que consultam este site magnífico e façam o download das várias edições publicadas que estão disponível em formato PDF.
Link para as últimas edições deste jornal:

 
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Localização das três antenas

Pode navegar no mapa e clicar nos símbolos

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Galeria de Fotos

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Se mora junto de um prédio recheado de antenas ou se a antena instalada está a uma curta distância da sua casa ou perto do nível da sua habitação, ou se os elementos da antena estão virados para o chão ou para a sua habitação, então poderá documentar essa situação nesta galeria. Envie as fotos para o mail deste blog.
Na fotografia enquadre o seu prédio ou habitação com a antena se possível, o objectivo é criar uma galeria de fotos com antenas instaladas em locais que demonstrem falta de bom senso de quem as instala e autoriza.
Pode ver o slideshow ou seleccionar na zona inferior a foto pretendida.Ao clicar numa foto pode ver o descritivo associado.

Envie a sua foto para o mail deste blog

Questionário sobre Telemóveis e suas antenas