Ao longo de 4 meses foram enviadas 3 cartas à Camara Municipal de Oeiras onde foram divulgados alguns dos estudos mais preocupantes relativamente ao problema da instalação de antenas de telemóvel junto das habitações. Todos esses estudos estão publicados neste blog. Nestas cartas foi igualmente expressa a nossa preocupação como pais de família que acima de tudo procuramos proteger o que nos é mais precioso que é a nossa família. Foram igualmente reportados algumas situações de saúde, nomeadamente de uma crianças com menos de 4 anos que tem dificuldades em dormir.
A Camara Municipal de Oeiras respondeu à primeira carta e informou que tinha contactado a ANACOM. No entanto, a ANACOM já tinha sido contactada previamente para efectuar medidas no local.
A CM de Oeiras deu a entender que a sua preocupação prende-se com o enquadramento paisagístico das antenas no topo dos telhados e até hoje não tivemos mais qualquer outro tipo de resposta.
A ANACOM fez as suas medidas de uma forma bastante profissional mas só divulgou o resultado 3 meses depois. Segundo eles os valores encontram-se dentro da lei. Foram-lhes pedidos os valores de medição, mas até hoje ainda não houve qualquer resposta. Como referência ficaram os valores a que assistimos durante os ensaios e que chegaram ao 10 V/m num período em que as pessoas estão no trabalho e que o tráfego de comunicações de telemóveis é bastante baixo. Tal como já foi referido neste blog, teria sido interessante que o teste tivesse sido feito fora do horário de trabalho, para ver os níveis de radiação no período nocturno onde as pessoas já regressaram a suas casas e estão a usar os seus telemóveis.
Resumindo, confirma-se aquilo que alguns dos leitores nos disseram, a ANACOM limita-se a respeitar uma lei que é contraditória em vários países, tal como aqui já foi referido, e a CM de Oeiras que deveria de ser a entidade a proteger os seus munícipes transfere para a ANACOM as questões de segurança.
Daqui a alguns anos, quando alguém criar leis que imponham mais rigor na forma escandalosa com que estas antenas são instaladas, certamente que para muitos o mal já estará feito.
Tal como já foi referido, não se pretende criar uma guerra com as empresas de comunicações móveis, apenas pedimos que haja bom senso por parte de quem autoriza a instalação destas antenas.
Das respostas que recebemos destas duas entidades chegamos à triste conclusão que estamos completamente sozinhos quando somos obrigados a viver nas imediações destas antenas e a expormo-nos a eventuais efeitos adversos que daí possam surgir com o passar dos anos.
Se olharmos para o lado e virmos o problema das linhas de Alta Tensão cujo principio é muito semelhante, os resultados não foram muito diferentes. Nunca ninguém quis saber do problema e nunca houve respostas concretas para a sua solução. Isto porque ninguém reconhece o problema. Reconhecer o problema custa muito dinheiro em comparação com a vidas das pessoas, que pelos vistos, não valem assim tanto. Só quando o povo assume a atitude de Zé povinho e vem para as ruas manifestar-se, então aí sim, este problema não reconhecido deixa de ser social e passa a ser politico. Nesta situação, o tal problema que ninguém quer assumir, é promovido a um problema que apesar de continuar a não ser reconhecido como tal, passa a beneficiar de um conjunto de medidas preventivas que apesar de custarem muito dinheiro já vão ao encontro daqueles que se manifestam.
Será que neste país a única forma dos cidadãos serem ouvidos é manifestarem-se nas ruas?
A Camara Municipal de Oeiras respondeu à primeira carta e informou que tinha contactado a ANACOM. No entanto, a ANACOM já tinha sido contactada previamente para efectuar medidas no local.
A CM de Oeiras deu a entender que a sua preocupação prende-se com o enquadramento paisagístico das antenas no topo dos telhados e até hoje não tivemos mais qualquer outro tipo de resposta.
A ANACOM fez as suas medidas de uma forma bastante profissional mas só divulgou o resultado 3 meses depois. Segundo eles os valores encontram-se dentro da lei. Foram-lhes pedidos os valores de medição, mas até hoje ainda não houve qualquer resposta. Como referência ficaram os valores a que assistimos durante os ensaios e que chegaram ao 10 V/m num período em que as pessoas estão no trabalho e que o tráfego de comunicações de telemóveis é bastante baixo. Tal como já foi referido neste blog, teria sido interessante que o teste tivesse sido feito fora do horário de trabalho, para ver os níveis de radiação no período nocturno onde as pessoas já regressaram a suas casas e estão a usar os seus telemóveis.
Resumindo, confirma-se aquilo que alguns dos leitores nos disseram, a ANACOM limita-se a respeitar uma lei que é contraditória em vários países, tal como aqui já foi referido, e a CM de Oeiras que deveria de ser a entidade a proteger os seus munícipes transfere para a ANACOM as questões de segurança.
Daqui a alguns anos, quando alguém criar leis que imponham mais rigor na forma escandalosa com que estas antenas são instaladas, certamente que para muitos o mal já estará feito.
Tal como já foi referido, não se pretende criar uma guerra com as empresas de comunicações móveis, apenas pedimos que haja bom senso por parte de quem autoriza a instalação destas antenas.
Das respostas que recebemos destas duas entidades chegamos à triste conclusão que estamos completamente sozinhos quando somos obrigados a viver nas imediações destas antenas e a expormo-nos a eventuais efeitos adversos que daí possam surgir com o passar dos anos.
Se olharmos para o lado e virmos o problema das linhas de Alta Tensão cujo principio é muito semelhante, os resultados não foram muito diferentes. Nunca ninguém quis saber do problema e nunca houve respostas concretas para a sua solução. Isto porque ninguém reconhece o problema. Reconhecer o problema custa muito dinheiro em comparação com a vidas das pessoas, que pelos vistos, não valem assim tanto. Só quando o povo assume a atitude de Zé povinho e vem para as ruas manifestar-se, então aí sim, este problema não reconhecido deixa de ser social e passa a ser politico. Nesta situação, o tal problema que ninguém quer assumir, é promovido a um problema que apesar de continuar a não ser reconhecido como tal, passa a beneficiar de um conjunto de medidas preventivas que apesar de custarem muito dinheiro já vão ao encontro daqueles que se manifestam.
Será que neste país a única forma dos cidadãos serem ouvidos é manifestarem-se nas ruas?
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