sábado, 20 de outubro de 2007

Como minimizar o risco da radiação dos telemóveis

O Telemóvel apesar de ter uma potência baixa, não deixa de emitir radiação electromagnética. Desta forma, sempre que usamos o telemóvel encostado ao ouvido, expomos o nosso cérebro à radiação que é emitida pela antena alojada no seu interior. Esta exposição vai depender do tipo de telefone usado, (consoante a marca e os modelos as suas potências diferem, na Internet podem encontrar tabelas de comparação entre os vários modelos) do tempo de exposição e da potência que o telemóvel irradia durante a chamada. As características técnicas de um telemóvel têm associado um campo que indica a quantidade máxima de radiofrequências que o nosso corpo absorve, este valor é indicado como nível SAR (Specific Absorption Rate), sendo expresso em Watts por Kilograma de peso corporal e a radiação é tanto maior quanto maior for este valor (Nos Estado Unidos o nível SAR máximo permitido para os telemóveis é de 1.6 W/Kg e na Europa é de 2.0 W/Kg). Os Telemóveis são inteligentes o suficiente para aumentarem a sua potência caso estejam em locais onde o sinal da rede é fraco, desta forma compensam a falta de sinal proveniente da antena base na zona, mas com o prejuízo de nos expor a uma maior radiação provocada pelo facto do telemóvel passar a transmitir na sua potência máxima. Mesmo que não estejamos em conversação, o telemóvel faz um teste à rede (de 5 a 15 minutos) , emitindo um sinal para a antena base da zona. Caso o telemóvel se encontre numa zona de fronteira entre 1 ou mais antenas base, este teste vai ocorrer com mais frequência (a cada 30 segundos aproximadamente). Por outro lado, quando atendemos uma chamada, o telemóvel começa com o máximo da sua potência para garantir a ligação à antena base e só após negociar com a antena, é que este baixa para uma potência mais baixa (ou não).
A forma mais segura de nos protegermos da radiação do telemóvel, é simplesmente não o usar, ou usá-lo apenas em situações de emergência. Mas nos dias de hoje, esta é uma medida quase impossível tal é a dependência que todos nós criamos destas pequenas fontes de radiação.
Se temos mesmo de os utilizar, a melhor forma de nos protegermos é simplesmente criarmos distância entre o nosso corpo e o Telemóvel. Para isso o ideal é usarmos o sistema de alta voz e deixá-lo pousado sem que o nosso corpo lhe toque. Uma vez que a potência do telemóvel é baixa a radiação baixa rapidamente de intensidade quando afastamos o telemóvel da nossa cabeça, 10 centímetros de distância já fazem muita diferença. Caso toquemos no telemóvel vamos canalizar essa radiação para o nosso corpo.
Se a utilização do sistema de alta voz não for adequado para a situação, eis que surge mais uma solução que tem levantado muitos alertas, a utilização de um auricular com ou sem fios.
Os auriculares facilitam no sentido em que libertamos as mão para fazer outras coisas, como conduzir, mas por outro lado, não eliminam o problema da radiação, pelo contrário, podem até agravá-lo. Ao ligarmos um auricular a um telemóvel, o fio pode funcionar como antena que capta a radiação que nos rodeia, desta forma vamos canalizar a radiação do telemóvel mais a radiação que nos rodeia directamente para o nosso ouvido. Há quem recomende a utilização do auricular com fio desde que o fio não saia do telemóvel no sentido da antena. Se usarmos um auricular bluetooth o risco também poderá existir porque o fio é substituído por um emissor e receptor que apesar da baixa potência, opera entre os 900MHz e os 2.4 GHz produzindo igualmente radiação. Os microondas da nossa cozinha também trabalham na frequência dos 2.4 GHz.
O vídeo deste artigo tem como protagonista um especialista em saúde e bem estar, Dr. José Mercola (www.mercola.com) que tem um site com inúmeros conselhos para a nossa saúde.
Outra situação a ter em conta é que se mantivermos o telemóvel no bolso ou cinto a radiação é absorvida de uma forma mais rápida uma vez que os tecidos e órgãos como o fígado, rins e órgãos reprodutivos oferecem uma melhor capacidade de conduzir energia do que o nosso crânio, ou seja, acaba por ser pior do que encostá-lo ao ouvido. E de pensar que há pessoas que usam 2 telemóveis ...
Para além dos telemóveis e das antenas de Telemóvel (as tais que colocam nos prédios) há outras fontes de radiação que temos em casa e que também deveremos ter em conta, tais como os microondas com os quais devemos ter alguma distância, televisão e monitores de computador, entre outras fontes de radiação. Por incrível que pareça um dos aparelhos que devemos ter alguma atenção são os rádio relógios que muitos temos na nossa cabeceira, estes devem estar distantes da nossa cabeça (não menos do que 1.80 metros) .
Recomendo consultarem o site do Dr. George Carlo, que tem algumas regras de protecção:
The Safe Wireless Iniative

Actualmente estou a considerar adquirir um auricular com tubo de ar, igual ao publicitado no vídeo, já tinha lido vários artigos e como sou obrigado a usar o telemóvel por questões profissionais, o melhor é estar protegido. Este auricular fica isolado do fio através de um tubo de ar feito de material anti radiação reduzindo em 98% a radiação captada no nosso ouvido. O seu design está longe dos pequenos auriculares sem fios, mas o que está em causa é a segurança e não o estilo. Não posso recomendar a utilização deste equipamento porque não o experimentei e quanto muito irei apenas relatar a minha experiência. Queria no entanto alertar que existem no mercado muitas empresas a tentar ganhar dinheiro na venda que material anti-radiação electromagnética e cujo marketing é também agressivo ( e por vezes duvidoso) no sentido de nos levar a crer que é uma solução para o problema. A decisão é sempre vossa.

Creio que tal como na comida, que temos que ter moderação, a utilização de um telemóvel também requer disciplina. A forma mais eficiente de fugirmos desta radiação é usar o telemóvel apenas quando necessário e recorrer a outras formas de comunicação como o mail, rede fixa ou um simples SMS. Temos de saber resistir à astúcia das empresas que nos cativam com tarifários, horários e serviços orientados para que as pessoas usem e abusem dos telemóveis.
Actualmente a grande incógnita que existe mesmo naqueles que dizem que a radiação electromagnética não constitui perigo para a saúde, são os efeitos a longo prazo que ninguém consegue ainda determinar, mas certamente que daqui a alguns anos o nível de conhecimento e o histórico adquirido permitirão as suas conclusões.

Assim como o tabaco que levou mais de 50 anos até que o governo começasse a criar alguma legislação para proteger as pessoas (se é que se possa falar de protecção) , possivelmente estamos a criar um enredo cujo final só será desvendado daqui a muitos anos após todos nós termos convivido com toda esta radiação à qual nos expomos diariamente. Até lá, só nos resta recorrer à prevenção. Estes são alguns conselhos para minimizar os riscos provenientes da radiação dos telemóveis:
  • Use o telemóvel em alta-voz de forma a evitar que este esteja em contacto com o seu corpo
  • Tente falar o mínimo de tempo ao telemóvel
  • Prefira falar ao telemóvel em locais ao ar livre e evite usá-lo dentro do carro ou edifícios, onde o sinal poderá ser mais fraco levando a que a radiação do telemóvel seja maior
  • Caso esteja numa zona com um sinal de rede fraco, não use o telemóvel. Este irá de certeza funcionar no máximo da sua potência.
  • Evite transportar o telemóvel junto ao corpo, como no bolso do casaco, bolso das calças ou cinto. No trabalho ou em casa coloque o telemóvel afastado do seu corpo.
  • Se usar um auricular mantenha o telemóvel afastado do corpo.
  • Eduque os seus filhos acerca da utilização do telemóvel. As chamadas deverão ser o mais curtas possível e se possível deverão recorrer ao envio de mensagens SMS . Se fizer isto, vai poupar dinheiro e proteger os seus filhos. No próximo artigo as crianças serão o tema.
  • Prefira modelos de telemóvel com menores potências de radiação (níveis SAR mais baixos), não se deixe levar apenas por o estilo ou outras funcionalidades
  • Se morar num prédio não autorize a instalação de antenas de Telemóvel caso as habitações em redor esteja ao mesmo nível do seu prédio ou a menos de 100m de distância e una-se aos seus vizinhos para que estes sigam o exemplo.
Um outro conselho é comprar um medidor de radiação electromagnética. Esta é a única forma de detectarmos potenciais fontes de campos electromagnéticos. Estes aparelhos vão desde os 50 Euros até mais de 1500 Euros, podem ser de utilização fácil ou mais profissional e estão calibrados para detectar estes campos em determinados espectros de frequência.

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